"Uma mulher de 62 anos pode subir no palco de biquíni e ser sua melhor versão", diz fisiculturista

Monica Bousquet via o envelhecimento como uma coisa ruim; hoje, envelhecer é uma conquista

11 nov 2024 - 05h00
Resumo
Monica Bousquet, 62 anos, se tornou fisiculturista após enfrentar problemas de saúde. Ela também mudou a sua perspectiva em relação ao envelhecimento.
Depois de tentar vários medicamentos sem sucesso para as dores que sentia,  aos 54 anos, Monica seguiu uma recomendação médica e procurou uma academia
Depois de tentar vários medicamentos sem sucesso para as dores que sentia, aos 54 anos, Monica seguiu uma recomendação médica e procurou uma academia
Foto: Reprodução: Instagram/monicabousquet

Monica Bousquet, 62 anos, nunca imaginou que sua vida tomaria um rumo tão inesperado após os 50 anos: de mulher sedentária e desconfiada das academias, ela se tornaria fisiculturista na terceira idade. As dores que começaram nos joelhos e foram se intensificando ao longo do tempo levaram ao diagnóstico de condromalácia, uma degeneração na cartilagem dos joelhos, que mudou tudo.

Na mesma época, Monica também enfrentava os desafios da menopausa. Depois de tentar vários medicamentos sem sucesso, aos 54 anos, seguiu uma recomendação médica e procurou uma academia. "Entrei na academia pensando em me curar e sair para nunca mais voltar", contou em entrevista ao Terra NÓS.

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Mas, ao notar melhoras, sua perspectiva mudou. A pressão arterial de Monica estabilizou e suas dores diminuíram consideravelmente. "Isso me fez enxergar a musculação não como algo ruim, mas como o remédio que eu tanto procurava."

"Eu achava que envelhecer era deixar de usar roupa curta", disse Monica Bousquet
Foto: Reprodução: Instagram/monicabousquet

A fisiculturista, que sempre teve como referência as mulheres de sua família, mudou sua visão sobre o envelhecimento ao longo de sua jornada saudável. "Elas envelheceram por volta dos 40 anos e sempre diziam que envelhecer era ruim, que trazia tristeza e doença. Então, eu via o envelhecimento como uma coisa muito ruim e estava me preparando para isso", revelou.

"Eu achava que envelhecer era deixar de usar roupa curta, deixar de usar blusa sem manga e perder a vaidade", relata.

Para Monica, atualmente, envelhecer é uma conquista. "Eu me sinto uma pessoa vitoriosa, porque eu persisti no desconforto, no ambiente que não era meu, numa realidade que eu não queria estar. Eu persisti e, com o tempo, fui evoluindo. Entendi que sou muito forte, que tenho uma capacidade muito grande de evoluir, de melhorar e que consigo fazer grandes coisas", afirmou à reportagem. 

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A melhor versão

A vida da fisiculturista se transformou tanto que, ao se apaixonar pelos exercícios físicos, começou a compartilhar sua rotina nas redes sociais. Hoje, acumula 1,3 milhão de seguidores no Instagram. Em várias postagens, Monica exibe o abdômen definido e aparece levantando pesos na academia, além de mostrar as competições de fisiculturismo.

"Quero mostrar que uma mulher de 62 anos pode subir no palco de biquíni e ser sua melhor versão. Não que todas mulheres precisem subir em cima de palco, mas que a maioria veja que o tempo passou e que isso não é um limite para nada."

Porém, ela ainda enfrenta comentários etaristas sempre que usa roupas mais curtas ou biquínis. Mesmo assim, não se deixa abalar. "A beleza é muito engraçada. Quando era jovem, eu não era considerada uma mulher bonita. Eu não saía da média e não tinha nenhum atrativo. Ao envelhecer, eu comecei a me achar bonita."

"Eu me sinto tão bem comigo mesma que não me abalo quando dizem que estou feia ou que estou fazendo algo fora da minha idade. Eu me importo pouco, porque eu me sinto linda. Isso é uma coisa que está dentro da gente e que ninguém tira", disse ao Terra NÓS

Além do físico, Monica Bousquet também mudou sua carreira, saindo do mundo corporativo para se dedicar às redes sociais. Para ela, essa mudança foi um presente. Com o apoio que recebe nas redes sociais, deseja inspirar outras mulheres.

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"Toda mulher, para mim, deveria estar com um arco e flecha na mão, porque são guerreiras. Cuidam de casa, dos pais, da família. São tantas funções que, para arranjar tempo de treinar e cuidar de si, é uma tarefa difícil."

"Você nunca pode desistir, e sonhar faz parte da vida. Enquanto a gente respira, a gente precisa sonhar. Aliás, sonhar é uma necessidade. Se você sonhar baixo ou sonhar alto, o custo é a mesma coisa, então vamos sonhar alto e realizar dentro das nossas possibilidades. É por isso que eu estou no palco, e, graças às redes sociais, recebo esse incentivo para dividir tudo de bom que está acontecendo comigo", afirma.

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Fonte: Redação Nós
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