Vídeo mostra brasileiro escalando parede de prisão dos EUA; recompensa sobe para R$ 100 mil

Danilo Sousa Cavalcante foi condenado na semana passada por matar a vítima em 2021, e estava na prisão de Chester County

7 set 2023 - 08h57
(atualizado às 16h07)
Danilo Cavalcante escapou da Prisão de Chesco, no Condado de Chester
Danilo Cavalcante escapou da Prisão de Chesco, no Condado de Chester
Foto: Divulgação/Chester County District Attorney's Office

Câmeras de segurança flagraram o momento que o brasileiro Danilo Cavalcante, condenado a prisão perpétua pelo assassinato da ex-namorada, escalou a parede da prisão de Chester County, nos Estados Unidos, para fugir. A recompensa para quem encontrá-lo é de US$ 20 mil, equivalente a cerca de R$ 100 mil. 

Nas imagens é possível vê-lo em um corredor da unidade prisional, olhando ao redor, para saber se alguém o observava. Em seguida, ele começa a escalar, colocando as mãos na parede da frente e os pés na parede de trás, até que chega ao topo. 

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Danilo fugiu na última quinta-feira, 31, e tem conseguido se manter longe do radar da polícia americana, invadindo casas e roubando comida. As autoridades informaram em uma coletiva que a busca por Cavalcante se estendeu a todo o condado de Chester e que os residentes próximos da prisão foram notificados da fuga. "Se você o vir, não se aproxime dele. Pedimos que você entre em contato com o 911. Ele é considerado extremamente perigoso", disse Deb Ryan, promotora distrital do condado de Chester. 

Nesta quarta-feira, 6, foi anunciada que o valor da recompensa aumentou, passando de R$ 49 mil para R$ 100. 

Crime e condenação

Segundo o jornal americano Daily Local, o crime ocorreu em 2021, na cidade de Phoenixville, no estado da Pensilvânia. Na ocasião, o brasileiro esfaqueou sua ex-namorada até a morte na frente dos filhos pequenos dela. Depois, fugiu do local em um carro e foi preso no dia seguinte em Virgínia, após receber ajuda de dois amigos que testemunharam no caso.

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A irmã da vítima relatou à TV Globo naquele ano que Danilo não aceitava o fim do relacionamento e, desde de 2020, ano anterior ao crime, já ameaçava Débora. A brasileira morava no país há 5 anos, com seus dois filhos, frutos de outro casamento. 

No dia 22 de agosto ocorreu o julgamento do brasileiro, que durou cerca de 20 minutos. Na ocasião, o homem apenas apresentou um pequeno pedido de desculpas. "Quero pedir desculpas a eles", disse Cavalcante ao se referir aos filhos de Débora, e a irmã dela, Sarah Brandão.

Apesar disso, o juiz Patrick Carmody afirmou a ele que suas ações desmentiam qualquer sentimento de remorso e que "se ele estivesse realmente arrependido se confessaria culpado, poupando a irmã e a filha da vítima de testemunharem". 

"Para você fazer com que [a menina] revivesse o assassinato de sua mãe foi uma decisão consciente sua. Foi uma decisão egoísta. Você pensou em si mesmo e não pensou naquelas crianças”, disse o magistrado.

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A condenação determinada pelo juiz considerou as evidências apresentadas pela equipe de acusação da promotora distrital, o depoimento da filha de Débora - testemunha ocular do crime -, além de relatos de vizinhos que ajudaram a resgatar as crianças naquele dia. 

Os defensores públicos que atuaram em sua defesa reconheceram a culpa dele diante do júri, mas argumentaram que ele agiu no "calor da paixão" e deveria ser considerado culpado por um crime de menor grau. O júri rejeitou a sugestão.

A defesa ainda argumentou que Cavalcante cresceu pobre no Brasil e também foi vítima de abusos. “Esses indivíduos muitas vezes cometem os mesmos crimes que testemunharam”, afirmou um dos promotores, alegando que o brasileiro começou a se associar com membros de gangues e tornou-se viciado em drogas e álcool. 

Segundo Deborah Ryan, promotora do caso, toda a família da vítima está sofrendo com a tragédia. Ela chamou as ações do brasileiro de “frias, calculistas e hediondas” e disse: "Ele não apenas assassinou Deborah Brandão brutalmente, mas também na frente dos dois filhos dela".

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Segundo a promotora, o homem queria a ex-namorada morta porque ela havia ameaçado contar às autoridades que ele era procurado por assassinato no Brasil. “Se a senhorita Brandão fosse à polícia, ele teria sido denunciado. Ele fez isso para silenciá-la. Esta foi uma tragédia sem sentido e comovente. Ele a massacrou até a morte", lamentou.

Fonte: Redação Terra
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