-1k1zjd0yrirzp.png "Gisèle Pelicot sofreu abusos por uma década por parte do ex-marido Dominic Pelicot e de diversos homens recrutados por ele")
O Tribunal Criminal de Vaucluse determinou nesta sexta-feira, 4, que os vídeos e fotos apresentados durante o julgamento do caso de Gisèle Pelicot, que foi dopada e sofreu abusos sexuais por uma década por parte do ex-marido Dominic Pelicot e de diversos homens recrutados por ele, serão exibidos para a imprensa e o público.
A decisão, considerada uma vitória pela defesa de Gisèle Pelicot, foi divulgada pelo presidente do tribunal, Roger Arata, após longos debates e pausas para avaliação.
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Antes da exibição desses registros, será dado um aviso para que pessoas mais sensíveis ou menores de idade possam se retirar da sala, caso desejem. As gravações só serão mostradas em situações em que forem essenciais para o esclarecimento dos fatos.
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"Stealthing" e outros atos que podem configurar estupro
No dia 20 de setembro, o juiz havia decidido manter essas imagens em sigilo, mas a equipe jurídica de Gisèle recorreu, argumentando que a visibilidade pública era crucial em sua luta contra a violência sexual.
Gisèle Pelicot sempre se posicionou contra a realização de audiências fechadas, desde que o julgamento começou em 2 de setembro.
Vídeos
Na tarde desta sexta-feira, um vídeo foi apresentado no tribunal, conforme reportado pelo jornal austríaco Kronen Zeitung. A filmagem mostrou Gisèle inconsciente sendo abusada por um homem de 52 anos, que também está sendo julgado.
Ainda segundo o jornal, Dominic Pelicot cobriu os olhos ao ver as imagens, enquanto Gisèle manteve sua atenção focada na gravação.
A polícia conseguiu identificar ao menos 50 dos 83 suspeitos que aparecem nos vídeos. As idades dos envolvidos vão de 26 a 74 anos.
Em caso de violência contra a mulher, denuncie
Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180). Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada.
Saiba mais sobre como denunciar aqui.
