Quatro pessoas foram presas nesta quinta-feira, 4, pela Polícia Nacional da Espanha por encabeçar campanha de ódio contra Vinicius Júnior. Eles incitavam torcedores do Atlético de Madrid, rival do Real Madrid, time em que o brasileiro atua, a irem ao estádio com máscaras e proferir ofensas racistas contra ele.
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O uso de máscaras, do tipo que se usava na pandemia de coronavírus (Sars-coV-2), tinha como intenção dificultar a identificação dos torcedores pelas autoridades. A investigação ganhou corpo após a Polícia Espanhola receber três denúncias realizadas pela LaLiga, organizadora do Campeonato Espanhol.
De acordo com o relato, os torcedores que foram presos estavam realizando uma campanha às vésperas do clássico entre os dois times da capital espanhola, no 29 de setembro, quando o atacante Vini Jr estava escalado para atuar.
"Eles incitavam os torcedores através das redes sociais para que comparecessem ao estádio e proferissem insultos com conotações racistas", disse a Polícia Nacional em comunicado emitido à imprensa espanhola.
As quatro prisões desta quinta-feira, 24, somam-se as outras que já ocorreram por episódios de racismo contra o atleta. Em junho de 2024, três torcedores do Valencia foram condenados a oito meses por xingamentos com teor racista contra o atacante brasileiro em partida realizada em meados de 2023.
Além destes casos, Vini Jr também já foi vítima de outras situações racistas. Na temporada europeia de 2022/2023, torcedores levaram um boneco vestindo a camisa do atacante ao estádio. Após a partida, o boneco foi encontrado pendurado em uma ponte próxima do centro de treinamento do Real Madrid.