Na manhã desta segunda-feira, o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, se reuniu com o atacante Vinícius Júnior na sede do clube, após o jogador sofrer novos ataques racistas na Espanha. Desta vez, o caso ocorreu em jogo contra o Valencia, no estádio Mestalla.
"O presidente do Real Madrid reuniu-se com @ViniJr para lhe mostrar o seu apoio e carinho, para o informar de todas as diligências que serão tomadas em sua defesa e para confirmar que o clube irá até às últimas consequências face a tal uma situação repugnante de ódio", escreveu o Real Madrid.
El presidente del Real Madrid se ha reunido con @ViniJr para mostrarle su apoyo y su cariño, para informarle de todos los pasos que se están realizando en su defensa y para confirmarle que el club llegará hasta las últimas consecuencias ante una situación tan repugnante de odio. pic.twitter.com/vu18Lf0nif
— Real Madrid C.F. (@realmadrid) May 22, 2023
Além do encontro nesta manhã, o clube merengue agiu contra o caso de racismo na justiça espanhola. Em nota oficial, o Real Madrid repudiou os atos e informou que apresentou uma queixa à Procuradoria-Geral da Estado por crime de ódio e discriminação.
A equipe se baseou no artigo 124 da Constituição espanhola para acionar o órgão. O time ainda afirmou que os fatos se caracterizam como um "ataque direto" ao modelo de convivência do Estado social e democrático.
Vini Jr. foi vítima de insultos raciais neste domingo, na derrota por 1 a 0 do Real Madrid para o Valencia, pela 35ª rodada do Campeonato Espanhol. Aos 25 minutos do segundo tempo, torcedores entoaram cantos racistas direcionados ao atacante. O jogador identificou um dos torcedores que o ofendeu e precisou ser segurado pelos companheiros.
Após o término do confronto, La Liga prometeu que vai investigar o caso e, para isso, solicitou "todas as imagens disponíveis para investigar o ocorrido". A instituição também diz que "apresentou nove queixas nas últimas duas temporadas perante o Comitê de Competições da RFEF, Comissão Estadual contra a Violência, Racismo, Xenofobia e Intolerância no Esporte, além do Ministério Público do Ódio e Tribunais".
Depois do episódio, diversos personagens do esporte prestaram apoio a Vinícius Júnior. Entre eles, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o ex-jogador Ronaldo Fenômeno, os astros Neymar e Mbappé, o técnico Carlo Ancelotti e o Presidente da República, Lula. O próprio Vini Jr. também desabafou e cobrou "ações e punições" dos diretores de La Liga.