A repercussão de um vídeo de um surfista brasileiro agredindo uma surfista americana dentro do mar em Bali, na Indonésia, fez com que outras vítimas de João Paulo Azevedo se pronunciassem.
Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, três mulheres afirmaram ter sido agredidas por ele durante relacionamentos.
Carolina Braga namorou o surfista durante seis meses, em Santa Catarina, e conta que já foi agredida. “Foi uma surra, foi muito forte, eu senti muita vergonha, muita tristeza. Chorei muito, eu quis me matar, foi muito difícil", contou ao programa.
O caso aconteceu em 2019, e Carolina chegou a registrar um boletim de ocorrência. Os dois nunca mais se viram desde então.
Uma outra vítima, que não quis ser identificada, revelou que tem uma medida protetiva contra Azevedo. “Tive uma relação com ele durante quase três anos. Lembro de vários momentos que ele atirava coisas, ele chegou a quebrar quatro celulares nesse período todo. Ele me batia, me empurrava, diversas vezes me chutou, me agrediu”.
Outra mulher que foi vítima do surfista foi Flora Gomes. Ela relatou ao Fantástico que foi atacada por ele depois de uma discussão. “Estava com as minhas amigas e ele chegou transtornado, me ameaçando, pegou uma cadeira e disse que ia me matar. Me levantei e fui até ele, dei um tapa no rosto dele e disse: ‘Por favor, para o que está fazendo’", relatou. "Tinha uma escada, ele subiu a escada, pegou impulso e me deu um 'pedalaço' na barriga. Eu voei e bati com a nuca em um banco. Pedi a protetiva, claro, porque eu vi que ele era perigoso. E ele não vai parar enquanto não for detido", completou.
Agressão em Bali
A surfista Sara Taylor foi agredida por Azevedo dentro do mar, em Bali, e o vídeo repercutiu nas redes sociais na última semana. Grandes campeões do esporte prestaram solidariedade a ela, e repudiaram a violência.
O patrocinador de João Paulo Azevedo também se manifestou, dizendo que ele não faz mais parte do time e que a marca não compactua com esse tipo de comportamento.
Sara Taylor e Charlie MC Harg deram queixa à polícia na Indonésia. Azevedo não se pronunciou sobre o caso até o momento.