Zagueiro brasileiro está 'desanimado' após Acerbi ser absolvido de acusação de racismo

Juan Jesus se pronunciou, em nota, sobre a decisão da Justiça desportiva italiana, que alegou falta de provas

27 mar 2024 - 20h53
(atualizado às 22h55)
Resumo
Zagueiro brasileiro do Napoli, Juan Jesus, se pronunciou sobre a absolvição de Acerbi, jogador da Inter de Milão, por suposto caso de racismo, e afirmou se sentir desanimado com o desfecho da decisão.
Foto: Divulgação

Juan Jesus, zagueiro brasileiro do Napoli, se pronunciou sobre a absolvição de Acerbi, jogador da Inter de Milão, por suposto caso de racismo.

Acerbi foi absolvido da acusação de racismo feita pelo brasileiro, no empate de 1 a 1 entre Napoli e Inter de Milão, pelo Campeonato Italiano. A Justiça desportiva italiana afirmou que, por falta de provas, o zagueiro não receberá punição pelos alegados insultos racistas.

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A decisão não prevê a possibilidade de o brasileiro apresentar recurso. O Napoli divulgou a nota de Juan Jesus no site oficial do clube.

No comunicado, o brasileiro se diz "desanimado com o desfecho" do caso, julgado na última terça-feira, 26. A decisão se baseou no fato de não haver "a menor evidência" para chegar a "uma certeza razoável a esse respeito".

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"Li várias vezes, com grande pesar, a decisão com a qual o Juiz Desportivo considerou que não há provas de que fui vítima de insultos racistas durante o jogo Inter-Napoli no dia 17 de março. É uma avaliação que, embora respeitando isso, tenho dificuldade em entender e isso me deixa com muita amargura.

Provavelmente, depois desta decisão, aqueles que se encontram na minha situação agirão de uma forma muito diferente para se protegerem e tentarem acabar com a vergonha do racismo que, infelizmente, luta para desaparecer.

Não me sinto de forma alguma protegido por esta decisão que se debate entre ter de admitir que “a prova da infracção foi certamente conseguida” e sustentar que não há certeza da sua natureza discriminatória que, novamente de acordo com a decisão, apenas eu e “de boa fé” teria percebido.

Eu realmente não entendo como a frase “‘vá embora, negro, você é só um negro...” pode certamente ser ofensiva, mas não discriminatória. Na verdade, não entendo porque houve tanto rebuliço naquela noite se realmente foi uma “simples ofensa” pela qual o próprio Acerbi se sentiu obrigado a pedir desculpas, o árbitro sentiu que deveria informar o VAR, a partida foi interrompida por mais de 1 minuto e seus companheiros estavam lutando para falar comigo."

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Fonte: Redação Terra
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