Para 51% dos entrevistados pelo Datafolha nos dias 29 e 30 de março, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser condenado por sua campanha contra as urnas eletrônicas e se torne inelegível por oito anos. Já para os 45%, ele é inocente e deve ser poupado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
4% dos 2.028 ouvidos não souberam avaliar a questão estimulada pelo Datafolha e a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, nos meio políticos e jurídicos, há a avaliação de que o ex-presidente corre grande risco de ser condenado ao menos em uma das dezesseis ações que correm contra ele no Tribunal Superior Eleitoral.
Em julho do ano passado, o ex-presidente promoveu uma reunião com embaixadores estrangeiros e, no encontro, instigou a desconfiança contra a segurança das urnas eletrônicas. Bolsonaro repassou argumentos falsos que já havia apresentado diversas vezes. Já em uma live, ele disse que iria provar a fragilidade do mecanismo, que é utilizado sem registro graves no Brasil desde 1996.
Admirador da ditadura de 1964 e capitão reformado do Exército, ele sugeriu apoio militar a um autogolpe diversas vezes. No fim de 2022, ele deixou o Brasil antes do fim do mandato para não passar a faixa a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além disso, no início deste ano, seus apoiadores realizaram os atos antidemocráticos no dia 8 de janeiro, em Brasília, ocasião em que as sedes dos três Poderes foram depredadas.
Mulheres e pobres são a maioria dentro dos que acreditam que Bolsonaro deve ser punido.