65 golpistas do 8 de janeiro buscaram refúgio na Argentina, aponta operação da PF

De acordo com as apurações, os foragidos podem ter entrado na Argentina de várias formas irregulares, incluindo porta-malas de veículos, caminhando pela ponte na fronteira ou atravessando o rio Paraná

6 jun 2024 - 21h06
(atualizado às 21h43)

Investigações da Operação Lesa Pátria revelam que foragidos dos ataques contra a democracia no Brasil, ocorridos em 8 de janeiro de 2023, entraram na Argentina e solicitaram refúgio. Segundo autoridades argentinas, cerca de 65 pessoas foram mapeadas, mas nenhuma delas passou pelos controles migratórios.

PF fez megaoperação nesta quinta
PF fez megaoperação nesta quinta
Foto: feira - Marcelo Camargo/Agência Brasil / Perfil Brasil

De acordo com as apurações, os foragidos podem ter entrado na Argentina de várias formas irregulares, incluindo porta-malas de veículos, caminhando pela ponte na fronteira ou atravessando o rio Paraná. Todas essas fugas ocorreram ao longo de 2024. O Brasil já anunciou que solicitará a extradição desses indivíduos.

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Operação da Polícia Federal

Nesta quinta-feira (6), a Polícia Federal realizou uma megaoperação para prender envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas. Desde a manhã, os policiais cumprem 209 medidas judiciais, incluindo recolocação de tornozeleiras eletrônicas e prisões, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 18 estados e no Distrito Federal.

Até a tarde desta quinta, 49 pessoas haviam sido presas. A operação faz parte de mais uma fase da Operação Lesa Pátria e visa capturar investigados e condenados que descumpriram medidas cautelares ou fugiram para outros países.

Segundo a Polícia Federal, os principais descumprimentos incluem a violação de tornozeleira eletrônica, mudança de endereço sem comunicação e não comparecimento à Justiça. A PF destacou que os procurados tentam "se furtar da aplicação da lei penal". Os nomes dos foragidos que não forem presos serão incluídos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).

Os investigadores apontam a Argentina como a principal rota de fuga. As descobertas indicam que os foragidos provavelmente entraram no país vizinho de forma clandestina, aproveitando-se de lacunas nos controles migratórios.

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O Brasil está preparando os pedidos de extradição para que esses indivíduos respondam pelos crimes cometidos em território nacional.

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