Em setembro de 2009, a Suécia foi palco de um dos assaltos mais ousados e habilidosos da história recente. Um grupo de criminosos conseguiu roubar um depósito de dinheiro no sul de Estocolmo utilizando um helicóptero, o que chamou a atenção mundial para a engenhosidade e audácia dos envolvidos. Este evento foi adaptado para uma minissérie na Netflix, que reconta os detalhes de um crime que parece ter saído de um filme de ação.
Os eventos dessa operação criminosa são parcialmente conhecidos, mas o impacto causado e a complexidade do golpe são claros. Os assaltantes planejaram cada detalhe com precisão, garantindo que o roubo fosse completado em menos de 30 minutos, fugindo em um helicóptero carregado de dinheiro antes que a polícia pudesse agir de maneira eficaz.
Como aconteceu o roubo ao depósito em Estocolmo?
Na manhã de 23 de setembro de 2009, um helicóptero Bell 206 foi roubado de um hangar na cidade de Norrtälje. Os assaltantes utilizaram-no para pousar no telhado do prédio da G4S, uma empresa de segurança localizada em Västberga, ao sul de Estocolmo. A ação, que inspitou a série Voo Criminoso, era meticulosamente orquestrada: enquanto alguns membros da gangue desciam no edifício e plantavam explosivos para acessar o depósito de dinheiro, outros vigiavam a operação do helicóptero.
A presença de pequenas bombas estrategicamente colocadas impediu a intervenção imediata das autoridades. Além disso, objetos pontiagudos foram espalhados na estrada de acesso para furar os pneus dos veículos da polícia, dificultando ainda mais a aproximação das forças de segurança. Em poucos minutos, sacolas de dinheiro eram içadas de volta ao helicóptero, somando um total que alguns dizem ter ultrapassado os 150 milhões de dólares.
Dois amigos de infância decidem embarcar em um último assalto: roubar milhões do cofre mais seguro da Suécia. Só que a polícia já está na cola deles.
A minissérie "Voo Criminoso" estreia sexta-feira na Netflix. pic.twitter.com/mRAfLafaF5
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Quem estava por trás do audacioso assalto de helicóptero?
As investigações subsequentes revelaram que o plano tinha raízes mais profundas do que se poderia imaginar. A polícia sueca recebeu um alerta da Sérvia um mês antes do crime sobre um possível recrutamento de piloto de helicóptero para um roubo planejado na Suécia. O principal suspeito apontado foi Goran Bojovic, que possuía laços com a polícia secreta da Sérvia.
O avanço das investigações conduziu à captura de Sadhan Kadhum, cuja presença foi confirmada pelo DNA encontrado no local, devido a um corte na mão sofrido durante o assalto. Alexander Eriksson, suspeito de pilotar o helicóptero, foi detido enquanto tentava deixar a Europa. As autoridades conseguiram prender um total de 10 homens ligados ao roubo. Contudo, especula-se que muitos outros ainda estejam à solta, juntamente com a maior parte do dinheiro roubado.
Voo Criminoso: consequências e legado
O roubo ao depósito da G4S não apenas deixou cicatrizes na segurança sueca, mas também inspirou diversas produções culturais, incluindo a produção da minissérie aclamada pela crítica na Netflix. Este evento reverberou na indústria de segurança, levando a uma revisão nas políticas de resposta a crimes semelhantes e melhorias substanciais nas medidas de proteção em estabelecimentos que manipulam grandes quantias de dinheiro.
Segundo Aventuras na História, intrusões sofisticadas como esta, que combinam elementos de ação cinematográfica com o planejamento frio e calculado da realidade, continuam sendo um desafio e um lembrete da engenhosidade que alguns criminosos empregam para burlar sistemas de segurança. Enquanto isso, o caso permanece um exemplo estudado nas academias policiais e cursos de segurança privada pelo mundo.