Alimentação de Bolsonaro passa a ser diretamente na veia, diz boletim médico

Médicos tiveram que colocar sonda após presidente apresentar 'lentificação dos movimentos intestinais e distensão abdominal'

11 set 2019 - 10h22
(atualizado às 10h44)

O presidente Jair Bolsonaro passou a ter nutrição endovenosa, ou seja, com alimentação diretamente na veia, informa o boletim médico divulgado na manhã desta quarta-feira, 11, no Hospital Vila Nova Star, onde ele se recupera de uma cirurgia realizada no domingo para correção de uma hérnia incisional.

Desde segunda-feira, Bolsonaro mantinha uma dieta líquida, à base de água, gelatina, chá e caldo ralo
Desde segunda-feira, Bolsonaro mantinha uma dieta líquida, à base de água, gelatina, chá e caldo ralo
Foto: Jair Bolsonaro / Twitter / Estadão

Desde segunda-feira, Bolsonaro mantinha uma dieta líquida, à base de água, gelatina, chá e caldo ralo. Segundo o boletim médico, a reintrodução da alimentação por via oral será avaliada diariamente.

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"Evoluiu há 12 horas com lentificação dos movimentos intestinais e distensão abdominal, sendo submetido a passagem de sonda nasogástrica e introdução de nutrição parenteral (endovenosa)", diz o boletim.

Assinado pelo cirurgião-chefe Antônio Macedo, o clínico Leandro Echenique, o diretor-médico do Hospital Vila Nova Star, Antônio Antonietto, e o médico da Presidência da República, Ricardo Peixoto Camarinha, o boletim informa ainda que os exames laboratoriais do presidente encontram-se estáveis e que ele permanece sem dor, afebril e sem disfunções orgânicas. As visitas continuam restritas.

O procedimento cirúrgico a que o presidente foi submetido no domingo foi o quarto após ele ter sido esfaqueado há um ano, durante a campanha eleitoral, em Juiz de Fora (MG).

Retorno à presidência

Na segunda-feira, o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, disse que Bolsonaro teria condições de comandar o País nesta quinta-feira, mesmo de dentro do hospital.

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Desde domingo, e pelo menos até quinta, o presidente em exercício é o general Hamilton Mourão. "A partir da quinta-feira, a junta médica e o presidente decidirão sobre isso", afirmou Rêgo Barros na segunda-feira.

A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, estão em São Paulo como acompanhantes e dormem no hospital.

Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) fazem visitas ao pai. Na segunda-feira, Bolsonaro recebeu também a visita de Mourão.

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