Um professor de Biologia foi intimidado por um aluno dentro da sala de aula na Escola Estadual Carlos Alberto de Oliveira, em Assis, no interior de São Paulo. O caso ocorreu na segunda-feira, 10. Um vídeo que circula nas redes sociais (veja acima) mostra quando o estudante desrespeita o educador e tenta derrubá-lo de sua cadeira.
As imagens foram registradas pelos próprios colegas de classe do estudante e viralizaram nas redes sociais. No vídeo, é possível ver o aluno gesticulando e apontando o dedo ao professor.
Em seguida, o adolescente tenta derrubar o docente da cadeira e pouco depois joga a mesa ao chão. Enquanto o estudante intimida o educador, alguns colegas de classe dão risadas sobre a situação.
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirma repudiar todo e qualquer ato de violência dentro ou fora das escolas.
Segundo a pasta, a equipe gestora tomou todas as providências quando o caso ocorreu, acionando e orientando os responsáveis do aluno. A unidade realizou ações educativas sobre o assunto com os estudantes, professores, equipe gestora e o CONVIVA SP - Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar. As aulas continuam normalmente.
A Seduc ressalta que as escolas da rede estadual estão atentas aos comportamentos dos estudantes, atuando com a escuta ativa e mediação, buscando solucionar os conflitos identificados. Periodicamente, a equipe Conviva – promove encontros formativos junto aos COE (Coordenador de Organização Escolar) cujas pautas são voltadas à promoção da cultura da paz, à valorização da vida e à mediação de conflitos.
Incidência de casos de violência
Em nota, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de SP (APEOESP) informou que, uma pesquisa que realizou em parceria com o Instituto Locomotiva, comprova o agravamento da incidência de casos de violência e o clima de insegurança nas escolas estaduais no pós-pandemia.
"O Sindicato dos Professores tem cobrado da Secretaria da Educação medidas efetivas para a prevenção da violência nas unidades escolares, como a agressão na Escola Estadual Carlos Alberto de Oliveira, em Assis", informou ao Terra.
Entre as medidas preventivas defendidas pela APEOESP estão:
• Contratação de psicólogos em todas as escolas;
• Professores mediadores;
• Melhoria na estrutura unidades;
• Diálogo em torno de uma política pública para enfrentar o problema;
• Gestão democrática;
• Valorização dos profissionais da Educação;
• Contratação de funcionários por concurso;
• Fim da superlotação de classes, com limite de 25 estudantes em cada sala de aula.
Segundo a APEOESP, foi apresentado também mais um conjunto de medidas, que se diferencia da presença de policiais dentro das unidades escolares, medida com a qual o sindicato afirma não concordar.