Amiga de Anne Frank que sobreviveu ao Holocausto morre aos 93 anos

29 out 2022 - 07h58

Hannah Goslar faleceu aos 93 anos em Jerusalém, onde morava. Ela conheceu Anne Frank no jardim de infância em Amsterdã. As duas foram presas no campo de concentração de Bergen-Belsen.A sobrevivente do Holocausto Hannah Goslar, uma das melhores amigas de Anne Frank, morreu nesta sexta-feira (28/10) aos 93 anos, em Jerusalém.

Em 2015, Hannah Goslar visitou Berlim
Em 2015, Hannah Goslar visitou Berlim
Foto: DW / Deutsche Welle

Goslar nasceu em Berlim em 1928. Quando os nazistas chegaram ao poder na Alemanha, em 1933, sua família se mudou para Londres e depois para Amsterdã, na Holanda, onde ela conheceu Anne Frank no jardim de infância. As duas meninas perderam o contato em 1942, quando a família de Frank se escondeu para escapar dos nazistas.

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Durante o tempo que passou escondida, Frank escreveu o diário que se tornou mundialmente conhecido. "Hanneli e Sanne costumavam ser minhas melhores amigas. As pessoas que nos viam juntas costumavam dizer: 'Lá vão Anne, Hanne e Sanne'", escreveu a menina em seu diário, em 14 de junho de 1942.

Em 1943, a família de Goslar foi presa pela Gestapo e deportada para o campo de concentração de Bergen-Belsen no ano seguinte. Lá ela reencontrou Frank em fevereiro de 1945, pouco antes da morte da amiga. Goslar e sua irmã, Gabi, foram as únicas sobreviventes do Holocausto em sua família.

Em 1947, Goslar emigrou para Jerusalém, onde se tornou enfermeira e se casou com Walter Pick. O casal teve três filhos, 11 netos e 31 bisnetos. "Essa é a minha resposta para Hitler", costumava dizer.

"Hannah compartilhou as memórias da amizade com Anne e do Holocausto até a velhice. Ela acreditava que todos deveriam saber o que aconteceu com ela e com sua amiga Anne após a última anotação no diário. Não importa o quão horrível seja a história", escreveu a Fundação Anne Frank, que anunciou a morte de Goslar.

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Anne Frank se tornou conhecida por meio do diário que escreveu quando estava escondida com sua família em Amsterdã. Ela morreu no campo de concentração de Bergen-Belsen em 1945, aos 15 anos. Publicado posteriormente, seu diário é um dos livros mais lidos do mundo.

cn (AFP, ots)

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