O deputado estadual André do Prado (PL) foi eleito presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) por 89 votos a 5, nesta quarta-feira, 15, após a cerimônia de posse dos novos parlamentares da Casa. A vitória já era esperada e teve o apoio do PT, que orientou a bancada a votar em Prado graças a um acordo com o PL.
Pelo acordo, o PT ficou com a 1ª Secretaria da Mesa Diretora, com o deputado Teonilio Barba. Assim, o partido manteve o cargo que ocupou durante os 28 anos de presidência do PSDB na Casa. Os petistas, em suas falas, ressaltaram o "princípio da proporcionalidade" para justificar o voto. O PSOL foi o único partido a votar contra, no candidato em Carlos Gianazzi (PSOL).
O acordo para eleger Prado fez com que adversários políticos convergissem na votação. O deputado estadual Gil Diniz (PL), que é dedicado apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, e os petistas votaram no mesmo candidato para comandar a Casa no próximo biênio.
Antes do início da votação, a deputada Análice Fernandes (PSDB) fez um pedido de ordem e reclamou da ausência de mulheres na mesa que comandaria a eleição, protagonizando o primeiro momento de tensão da próxima legislatura.
A parlamentar se queixou, ainda, por ter sido interrompida pelo então presidente da Casa, Carlão Pignatari (PSDB), durante o pedido. Pignatari, então, trocou Major Mecca (PL) por Carla Morando (PSDB) na mesa.