Ao STF, Moro diz que houve "mal-entendido" e que não mandou destruir mensagens

8 ago 2019 - 15h20
(atualizado às 15h44)

O ministro da Justiça, Sergio Moro, disse, em ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF), ter havido um "mal-entendido" e destacou que "jamais houve qualquer determinação administrativa para a destruição do material" do conteúdo das supostas mensagens de autoridades, inclusive dele, que teriam sido obtidas por hackers em um aplicativo de mensagens.

Ministro da Justiça, Sergio Moro, durante audiência no Congresso
02/07/2019 REUTERS/Adriano Machado
Ministro da Justiça, Sergio Moro, durante audiência no Congresso 02/07/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"O material obtido por invasão criminosa de aparelhos celulares de autoridades públicas encontra-se vinculado a inquérito da Polícia Federal (operação Spoofing), ao qual esta autoridade não tem acesso", disse Moro ao ministro Luiz Fux, em ofício encaminhado na quarta-feira ao STF numa ação movida pelo PDT sobre o assunto.

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"Nesta linha, a afirmação constante na inicial, de que este ministro teria informado a uma das vítimas que o 'material obtido vai ser descartado', é apenas um mal-entendido quanto à declaração sobre a possível destinação do material obtido pela invasão criminosa dos aparelhos celulares, considerando a natureza ilícita dele e as previsões legais. Evidente, porém, que a decisão quanto a ele competirá à autoridade judicial, com oitiva e participação das partes do processo, e não do ora subscritor", completou.

Moro tem sido alvo de críticas por ser alvo das reportagens do site The Intercept Brasil, que apontariam uma suposta atuação irregular no comando da Lava Jato como juiz --o que ele nega--, e o fato de ser o superior hierárquico da Polícia Federal, responsável por conduzir as investigações sobre os hackers.

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