Bolsonaro sobre artigo polêmico: "apenas passei"

Com compartilhamento de texto pelo WhatsApp, presidente reforça discurso de que é vítima do 'Sistema'

18 mai 2019 - 12h28
(atualizado às 13h28)

BRASÍLIA - Durante sessão de fotos com crianças de uma escola de Brasília neste sábado em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro só respondeu uma vez sobre o texto compartilhado por ele ontem no Whatsapp que diz que o Brasil fora de conchavos é "ingovernável": "O texto? Pergunta para o autor. Eu apenas passei para meia dúzia de pessoas".

Ele ficou cerca de 15 minutos conversando com as crianças e se deixando fotografar, e disse a elas que o aguardavam na porta do Palácio da Alvorada, em Brasília, que "há gente ruim no Brasil", mas que "o bem sempre vence o mal".

Publicidade

Em tom professoral - e próximo às câmaras e profissionais da imprensa - Bolsonaro passou o recado às crianças: "Meu sonho de ser presidente é para ajudar o Brasil. Tem muita gente ruim no Brasil, sabia? Mas o bem sempre vence o mal", afirmou. "Uma coisa muito importante é a verdade".

O presidente da República, Jair Bolsonaro
O presidente da República, Jair Bolsonaro
Foto: Marcos Correa/Presidência da República - 16/5/2019 / Estadão Conteúdo

Nesta manhã, Bolsonaro recebeu o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, que chegou por volta de 9h40 ao palácio, onde permaneceu por menos de duas horas. Heleno chegou dirigindo o próprio carro, acompanhou a sessão de fotos do presidente e, ao ser perguntado sobre o texto compartilhado no whatsapp, disse "nada a comentar".

A primeira-dama, Michele Bolsonaro, também acompanhou o marido no rápido encontro com as criança. Vestindo camisa da seleção brasileira com o número 17 e o nome Bolsonaro grafados, short e chinelo, o presidente abraçou várias crianças enquanto perguntava: "eu sou um cara legal? Você gosta de mim?"

Ele questionou ainda o que elas gostariam que ele fizesse para o Brasil e disse para que obedecessem "primeiro papai e mamãe" e depois as professoras "que ensinam coisas importantes, como português e tabuada".

Publicidade

A maior parte do grupo era formada por crianças de 4 a 12 anos da Escola Classe do SRIA, uma escola pública de Brasília, que fazia um passeio cívico visitando pontos turisticos pela cidade. Na conversa, Bolsonaro disse que iria até a escola para hastear a bandeira e cantar o hino nacional. "Ele está querendo ir, disse que a assessora vai marcar", relatou a vice-diretora da escola, Cárita Alessandra Sá, responsável pelas 108 crianças que foram ao local em dois ônibus.

Veja também

Estresse nos mercados
Video Player
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se