Autor de explosões em Brasília tinha histórico de violência doméstica e candidatura política frustrada

Francisco Wanderley Luiz, responsável pelo atentado na Esplanada dos Ministérios, foi preso em 2012 por lesão corporal

14 nov 2024 - 17h22
(atualizado às 22h12)
Conhecido como "Tiu França", Francisco Wanderley Luiz concorreu ao cargo de vereador pelo partido PL nas eleições municipais de Santa Catarina em 2020
Conhecido como "Tiu França", Francisco Wanderley Luiz concorreu ao cargo de vereador pelo partido PL nas eleições municipais de Santa Catarina em 2020
Foto: reprodução / Flipar

Francisco Wanderley Luiz, autor das explosões na Esplanada dos Ministérios em Brasília na noite de quarta-feira, 13, já havia enfrentado a Justiça por um caso de violência doméstica ocorrido em 2012. Segundo registros judiciais, Luiz foi condenado por lesão corporal e preso preventivamente em Rio do Sul, Santa Catarina, no dia 15 de dezembro daquele ano. Após um dia detido, ele foi liberado mediante pagamento de fiança.

A situação se agravou em abril de 2014, quando Luiz foi condenado e passou a cumprir pena em regime semiaberto. Essa modalidade permitia que ele saísse durante o dia com restrições, incluindo a proibição de portar armas, e exigia seu retorno à noite, além de notificação em caso de mudança de endereço.

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O caso de violência doméstica pelo qual Luiz foi condenado envolveu o agravante do parágrafo nono do artigo 129 do Código Penal. A legislação brasileira prevê um aumento de pena para crimes de lesão corporal quando praticados contra membros da família, incluindo cônjuges e outros conviventes, reforçando a gravidade do crime pelo uso de relações de coabitação.

Carreira política

Além de seu histórico criminal, Francisco Wanderley Luiz também tentou ingressar na política. Ele concorreu ao cargo de vereador em Rio do Sul nas eleições de 2020 pelo Partido Liberal (PL), mas não conseguiu ser eleito. Durante a campanha, enfrentou problemas com a Justiça Eleitoral, que desaprovou suas contas.

A decisão ocorreu porque Luiz não apresentou o extrato bancário detalhado de sua conta de campanha. No registro oficial, constava apenas uma despesa de R$ 500, enquanto o Ministério Público Eleitoral apontou outra movimentação de igual valor, cuja finalidade não foi esclarecida.

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Fonte: Redação Terra
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