Para que a tecnologia 5G pudesse ser viabilizada no Brasil, era necessário realizar a limpeza da faixa da radiofrequência dos 3,5 GHz. As empresas Claro, Tim e Vivo, vencedoras dos lotes nacionais do Edital do 5G, receberam a incumbência de criar uma entidade administrativa que seria responsável por atuar junto às estações satelitais profissionais e fazer a substituição das parabólicas tradicionais pela nova parabólica digital na residência de milhões de brasileiros.
A Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF), que atuou junto ao público final sob a marca Siga Antenado, concluiu essa obrigação com 14 meses de antecedência. A entrega antecipada possibilita que a tecnologia 5G seja disponibilizada em todo território nacional muito antes do prazo previsto. Os avanços possibilitados pela tecnologia ainda são incipientes, mas já vêm provocando grandes mudanças em diversos setores produtivos e de serviços, que extrapolam o uso popular do 5G em aparelhos de uso pessoal, como smartphones.
Além do impacto direto no cotidiano da população, o 5G SA abre possibilidades para setores industriais e governamentais. A tecnologia é considerada uma evolução para redes de comunicação e promete impactar a forma como as pessoas interagem e utilizam a rede. O 5G SA é visto como importante para a digitalização de serviços como saúde e educação, além de contribuir para o desenvolvimento de cidades inteligentes.
Entre os parceiros que contribuíram para o sucesso do projeto, está a integradora de tecnologia Asuris. A empresa desempenhou um papel na seleção, fornecimento e implementação de soluções tecnológicas para a EAF. Entre as inovações implantadas, está um sistema de CRM próprio baseado em tecnologias avançadas de clusterização, como Kubernetes, que assegura alta disponibilidade e desempenho.
O sistema, projetado para gerenciar operações críticas, como a integração entre instaladoras e call center, tornou-se um dos pilares do funcionamento da operação. Segundo Adilson Estrela, gerente de TI da entidade, "a contribuição da Asuris foi fundamental para garantir a estabilidade e a escalabilidade da solução". "Este projeto reforça o compromisso de trazer tecnologias de ponta para uma transformação digital significativa no país", afirma Adilson.
Uma medida crucial adotada pela integradora Asuris foi a implementação da solução NG Firewall da Fortinet, apoiado por seus serviços gerenciados que incluem suporte, sustentação e monitoramento, que garantiu uma camada robusta de segurança cibernética para os ambientes on-premises e em nuvem utilizados pela EAF. Adicionalmente, ferramentas de colaboração e infraestrutura em nuvem da Microsoft complementaram o arcabouço tecnológico do projeto, consolidando um ecossistema seguro e eficiente para a gestão da liberação da faixa.
A expansão do 5G SA é vista como um divisor de águas para a economia digital. Estima-se que, até 2030, a tecnologia possa adicionar bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, promovendo inovação em setores como saúde, educação e mobilidade urbana. Cidades como São Paulo, Brasília e Curitiba já experimentam os benefícios iniciais dessa tecnologia, com aplicações em telemedicina e segurança pública baseadas em 5G.
A conclusão da liberação da faixa de 3,5 GHz é apontada por especialistas como um passo significativo para a adoção de redes de alta velocidade no Brasil. Essa etapa é vista como parte do processo de preparação do país para os desafios de uma economia mais digitalizada, com potencial para ampliar a conectividade, promover avanços tecnológicos e influenciar o crescimento econômico em diferentes setores.
Website: https://www.asuris.com.br/