Em uma tentativa de diminuir congestionamentos, capital da Sérvia se junta a outras cidades europeias que deixaram de cobrar tarifa de habitantes e visitantes que usam transporte público.Os habitantes e visitantes de Belgrado, a capital da Sérvia, poderão contar com transporte público gratuito a partir de 1° de janeiro, anunciou o prefeito da cidade, Aleksandar Sapic, na quarta-feira (18/12).
Belgrado será a primeira cidade com mais de 1 milhão de habitantes que adota uma medida do gênero em um quadro de normalidade e sem caráter temporário.
Segundo Sapic, a tarifa zero no transporte tem como objetivo reduzir o congestionamento de tráfego na capital.
Antes de Belgrado, outras cidades e pequenos países europeus já ofereciam gratuidade no transporte, como Tallinn, a capital Estônia, e as nações de Luxemburgo e Malta - que têm populações menores que Belgrado.
Outras cidades com população comparável a Belgrado, como Praga, só adotaram a medida temporariamente, em meio a crises de poluição. Já a ucraniana Kharkiv adotou a medida em caráter excepcional a partir de 2022, quando a cidade passou a ser alvo regular de ataques russos.
Atualmente, sem a tarifa zero, usuários em Belgrado pagam 89 dinares (cerca de R$ 5) por um bilhete com duração de 90 minutos que permite acesso a diferentes linhas.
Belgrado sofre com poluição
Com 1,7 milhão de habitantes, Belgrado é uma das poucas grandes capitais europeias que não conta com um sistema de metrô. A construção da primeira linha subterrânea começou no ano passado e deve ficar pronta em 2030.
Atualmente, a rede de transporte público da capital sérvia inclui 10 linhas de bonde em operação, oito linhas de ônibus elétricos e mais de 200 linhas de ônibus convencionais.
Como outras cidades dos Bálcãs, Belgrado sofre com a poluição do ar, causada em grande parte pelo tráfego de carros e caminhões. Segundo o prefeito Sapic, a frota de carros na cidade aumentou em 250 mil na última década.
Sapic também prometeu substituir totalmente a frota de ônibus e bondes da cidade até 2027.
jps/ra (ots, AFP, dpa)