O cantor Belo, de 50 anos, deu detalhes de sua condenação por tráfico e associação ao tráfico de drogas em 2002. O documentário Belo, perto demais da luz estreou no streaming Globoplay na quinta-feira, 28, e tem rendido revelações sobre a vida pessoal e profissional do artista.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
O filme traz depoimentos de policiais, advogados, amigos do artista e até promotores. "Nós jogamos a tarrafa pra buscar o que tinha em razão do tráfico de drogas. E aí fomos pescando aquilo que vinha pela tarrafa. E, nessa pescaria, acabou caindo essa gravação do Belo, mostrando a participação dele", explica Zaqueu Teixeira, ex-chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Segundo ele, um dos alvos monitorados pela polícia, na época, era um traficante chamado Vado, líder na favela do Jacarezinho. "Nessas conversas, eles demonstravam uma certa intimidade, uma relação pessoal que não era ocasional", completa.
Uma das conversas veiculadas no documentário mostra Belo negociando a compra de um fuzil. O cantor tinha cerca de 30 armas em casa. "Eu queria um pra deixar estampado na parede", afirma Belo em conversa com Vado, também conhecido como Bebeto.
O artista diz ter se arrependido do pedido: "Ter falado no telefone um minuto e alguns segundos com esse cara, com certeza foi o maior erro que eu cometi na minha vida". Após a polêmica vir à tona, Belo chegou a ir em programas de televisão para alegar sua inocência.
Contudo, ele acabou se entregando à polícia e ficou 37 dias preso na Delegacia Antissequestro (DAS). Em 2004, Belo foi preso novamente depois de ser condenado a oito anos de prisão em regime fechado pelos crimes. Ele estava foragido e ficou escondido em um quarto com paredes falsas em sua própria casa.