Bolsonaristas tentam invadir sede da PF e queimam carros em Brasília após prisão de indígena

Indígena foi preso após pedido da PGR, por indícios de ameaça, perseguição e abolição violenta do Estado Democrático de Direito

12 dez 2022 - 22h09
(atualizado às 22h28)
Manifestantes confrontaram as forças policiais em Brasília na noite desta segunda-feira, 12.
Manifestantes confrontaram as forças policiais em Brasília na noite desta segunda-feira, 12.
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Após a prisão de um líder indígena ligado ao movimento bolsonarista, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram invadir a sede da Polícia Federal em Brasília, na noite desta segunda-feira, 12. O grupo ateou fogo em veículos e também confrontou policiais, que tentaram dissipar os manifestantes com balas de borracha e gás lacrimogêneo. 

A prisão do indígena José Acácio Serere Xavante foi realizada pela PF, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o STF, a prisão temporária, por dez dias, foi determinada após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), por indícios de ameaça, perseguição e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

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De acordo com a PF, Xavante realizou manifestações no Congresso Nacional, Aeroporto Internacional de Brasília, onde invadiu a área de embarque, no centro de compras Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios e em frente ao hotel onde o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está hospedado.

Bolsonaristas incendiaram ônibus em protesto a prisão de indígena
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Diante da notícia da prisão, centenas de apoiadores de Bolsonaro, vestindo camisetas nas cores verde e amarela, reuniram-se na frente da instituição, localizada na Asa Norte, usando pedaços de madeira e pedras. Ao tentar invadir o prédio, eles foram impedidos por agentes de segurança. Eles quebraram alguns carros próximos ao prédio e até viaturas. 

Ao menos três veículos foram incendiados, e outros ainda foram depredados, conforme mostram imagens que circulam no Twitter. A tropa de choque utilizou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para afastar os manifestantes. 

O caso ocorreu no mesmo dia em que o presidente eleito e seu vice, Geraldo Alckmin, foram diplomados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa é a última formalidade antes da posse, que ocorrerá em 1º de janeiro.

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Bolsonaristas atearam fogo em carros durante o protesto
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Após os atos violentos desta segunda-feira, o policiamento do hotel onde Lula está hospedado recebeu reforço das forças de segurança

*Com informações da Reuters

Carros foram incendiados durante protesto
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
Fonte: Redação Terra
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