O presidente Jair Bolsonaro se referiu ao aniversário do golpe militar de 31 de março de 1964 como o "grande dia da liberdade". A declaração aconteceu na manhã desta terça-feira, 31, em resposta a apoiador que mencionou a data na saída do presidente no Palácio da Alvorada.
Ex-deputado federal e capitão reformado do Exército, Bolsonaro é defensor do golpe de 64, que iniciou o período da ditadura militar no Brasil até 1985. Desde que assumiu a presidência, em janeiro de 2019, o chefe do Executivo nomeou militares para diversos departamentos e ministérios.
Mais cedo, o vice-presidente Hamilton Mourão também publicou uma mensagem exaltando o golpe.
"Há 56 anos, as FA intervieram na política nacional para enfrentar a desordem, subversão e corrupção que abalavam as instituições e assustavam a população. Com a eleição do General Castello Branco, iniciaram-se as reformas que desenvolveram o Brasil. #31deMarçopertenceàHistória", escreveu Mourão no Twitter.
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, já havia emitido comunicado para comemorar a data nessa segunda-feira, 30. Em nota, o general afirmou que o golpe "foi um marco para a democracia brasileira".
"Os países que cederam às promessas de sonhos utópicos ainda lutam para recuperar a liberdade, a prosperidade, as desigualdades e a civilidade que rege as nações livres. O Movimento de 1964 é um marco para a democracia brasileira. Muito mais pelo que evitou", escreveu Azevedo e Silva.