Bolsonaro debocha de observadores nas eleições: "Vão observar o quê?"

Mais uma vez o presidente, sem provas, levanta dúvidas sobre processo eleitoral brasileiro

19 mai 2022 - 21h28
(atualizado às 22h10)
Bolsonaro, durante evento em Brasília
7/10/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino
Bolsonaro, durante evento em Brasília 7/10/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

O presidente Jair Bolsonaro debochou nesta quinta-feira, 19, da presença de observadores internacionais nas eleições brasileiras. "Podem botar 1 milhão de observadores nas eleições; vão observar o quê?", minimizou durante live transmitida nas redes sociais.  

A declaração de Bolsonaro vem após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, dizer que pretende trazer ao Brasil mais de 100 observadores de instituições internacionais para acompanhar o pleito de outubro. Ao falar sobre o assunto, o presidente da República voltou a falar na existência de uma "sala secreta" de apuração dos votos na Corte, algo já desmentido pelo tribunal. "Vão ter acesso ao código-fonte para ver qual é a apuração? Qual o conhecimento deles de informática?", questionou Bolsonaro. 

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A vinda de observadores internacionais é criticada pelo presidente, que tem feito ataques sistemáticos à lisura do processo eleitoral. Ele chegou a pressionar o Palácio do Itamaraty a colocar objeções para dificultar a entrada de observadores da União Europeia no País.

Jair Bolsonaro durante cerimônia no Planalto; presidente volta a falar em 'sala secreta' de apuração no TSE Foto: Adriano Machado/Reuters

O presidente ainda afirmou que a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outubro já estaria definida, com base em uma notícia de que o senador Jaques Wagner (PT) estaria conversando com embaixadores de outros países sobre a possível posse do petista. "Jaques Wagner, conversando com embaixadores de outros países, para dizer como Lula vai tomar posse com apoio de outros países. Já definiram as eleições. Que negócio é esse? Tá definido quem é o presidente?", questionou.

O Supremo Tribunal Federal (STF) também foi alvo do presidente, que disse que cinco ministros da Corte seriam "favoráveis ao aborto".

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