O ex-presidente Jair Bolsonaro negou tudo no depoimento à Polícia Federal, realizado nesta terça-feira (16). Bolsonaro disse que não tem conhecimento da participação do seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e nem do ex-major Ailton Barros no esquema de inserção de dados falsos em cartões de vacina, as informações foram divulgadas pela CNN Brasil.
A PF busca saber se Bolsonaro tinha conhecimento da manipulação de dados nos cartões de vacina no nome dele e de familiares, como da filha de 12 anos e também da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Bolsonaro afirma que o ex-ajudante era responsável pela gestão dos dados, "INDAGADO se MAURO CESAR CID administrava a conta do declarante no aplicativo ConecteSUS do Ministério da Saúde até a data de 22/12/2022, respondeu QUE sim, que toda a gestão pessoal do declarante ficava a cargo do ex-ajudante de ordem MAURO CID", disse o ex-presidente à Policia Federal.
O depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro(PL) durou mais de três horas e meia na sede da Polícia Federal (PF). Bolsonaro chegou ao prédio por volta de 13h30 e o depoimento começou às 14h. Ele deixou o local pouco antes das 18h. Estava acompanhado dos advogados Fábio Wajngarten, Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser.
O depoimento do Pr @jairbolsonaro transcorreu de forma côrtes e republicana, com duração aproximada de 3 horas.
O Pr respondeu a todas as perguntas.
O Pr reiterou que jamais se vacinou, que desconhecia toda e qualquer iniciativa para eventual falsificação, inserção, adulteração…
— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) May 16, 2023
Há duas semanas, quatro pessoas ligadas a Bolsonaro foram presas pela PF suspeitos de fazerem parte de um esquema de inserção de dados falsos sobre vacinação contra Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde (sistemas SI-PNI e RNDS).
Bolsonaro afirmou que não pediu a ninguém para falsificar cartões de vacinação contra Covid-19, nem para inserir dados no ConecteSUS em seu nome. Bolsonaro transferiu a responsabilidade aos seus auxiliares, mas sem culpá-los diretamente.