Bolsonaro indica que Mandetta segue como ministro da Saúde

'Comigo ninguém vai viver sob tensão, está bem o Mandetta', disse o presidente

31 mar 2020 - 19h23
(atualizado às 19h43)

O presidente Jair Bolsonaro amenizou o clima de tensão vivido nos últimos dias com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Ao chegar no Palácio da Alvorada, no início da noite desta terça-feira (31) o presidente foi questionado se o chefe da pasta da Saúde fica no cargo.

Jair Bolsonaro e Luiz Henrique Mandetta durante entrevista coletiva
Jair Bolsonaro e Luiz Henrique Mandetta durante entrevista coletiva
Foto: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo

"Comigo ninguém vai viver sob tensão, está bem o Mandetta", disse Bolsonaro. Nos últimos dias, o próprio presidente tem descumprindo recomendações da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde, incentivando a população a deixar o isolamento e os lojistas a abrirem os comércios. Isso têm provocado atrito entre o presidente e Mandetta.

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Na entrada do Alvorada, Bolsonaro foi cobrado por apoiadores sobre o voucher, de R$ 600, aprovado pelo Congresso. Ele disse "que vai sancionar o mais rápido possível", mas não estabeleceu uma data para o decreto ser assinado.

"Estamos correndo atrás porque tem vetos que precisam ser justificados. Não é só botar o X, não", disse ele, destacando que dependia do Paulo Guedes, ministro da Economia, a liberação para assinatura.

O Estado questionou Bolsonaro sobre a postagem do diretor da OMS no Twitter, defendendo o isolamento. Na manhã desta terça, o presidente tirou do contexto uma fala do diretor para levar seus apoiadores a crer que o órgão internacional defende o fim do isolamento da população e a volta ao trabalho. "Ele falou ontem. Falou está falado. Ele deu azar, foi gravado", afirmou Bolsonaro, rindo.

Remédios

Bolsonaro chegou ao Alvorada depois de deixar o Planalto e gravar, segundo ele, seis minutos de pronunciamento oficial que devem ir ao ar na TV na noite desta terça. O presidente não quis dar detalhes da mensagem que vai passar em rede nacional.

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Ele comentou, porém, que que conseguiu negociar com a indústria farmacêutica um um atraso de dois meses no reajuste da medicamentos. "Conversamos com toda indústria farmacêutica. Seria reajustado amanhã em torno de 4%."

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