Bombeiro: formação rochosa e chuvas contribuem para tragédia

Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, explicou motivo da queda de paredão

8 jan 2022 - 19h33
(atualizado em 9/1/2022 às 10h39)

Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, destacou que a formação rochosa do local e as chuvas fizeram com que o paredão de rocha caísse em Capitólio, neste sábado, 8, ocasionando uma grande tragédia, com oito pessoas mortas.

Fotos de Arquivo da região de Cânions na cidade de Capitólio no interior de Minas Gerais
Fotos de Arquivo da região de Cânions na cidade de Capitólio no interior de Minas Gerais
Foto: THIAGO CALIL/AGIF / Estadão

"A gente tem uma formação rochosa que é basicamente composta por rochas sedimentares, então são rochas que naturalmente têm uma resistência muito menor à atuação dos ventos, da água, dos elementos naturais que atuam sobre a região", falou Aihara em entrevista à GloboNews.

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Aihara ainda destacou que a rocha acabou caindo de uma forma errada. "Uma outra situação que acabou infelizmente agravando foi porque a rocha cai numa trajetória perpendicular. Geralmente, quando a gente tem ruptura por tombamento, a rocha sai de uma forma mais fatiada, ela escorre por aquela estrutura e cai de uma forma ou diagonal ou então mesmo em pé. Nesse caso, como a gente teve esse tombamento perpendicular, e pelo tamanho da rocha, a gente acabou tendo essas pessoas diretamente afetadas", explicou o bombeiro.

Tragédia

A queda de parte de uma grande rocha em um dos cânions do Lago de Furnas, em Capitólio, atingiu turistas que estavam em embarcações neste sábado. A região é muito conhecida pelo turismo.

Em coletiva, o Corpo de Bombeiros informou que 8 pessoas morreram com o desabamento e outras 2 estão desaparecidas. Ainda segundo as informações divulgadas, 4 pessoas seguem internadas, em hospitais de cidades próximas a Capitólio, e 27 foram atendidas e liberadas.

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Os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal de Passos (MG) onde serão identificados. A perícia também investigará as causas do óbito. 

Cerca de 40 bombeiros, incluindo mergulhadores especializados, participam das buscas que abrangem tanto as águas como uma investigação a partir do relato de testemunhas e das empresas de embarcações. Ainda não se sabe as causas do desabamento que inicialmente foi atribuído como decorrência de uma tromba d´água.

Fonte: Redação Terra
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