Após atos golpistas em Brasília, na noite de domingo, (08/01), o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), afirma que o acampamento montado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, no Centro do Rio de Janeiro, será desmontado. Castro diz que está "conversando" para que os golpistas saiam do Centro ainda nesta segunda-feira, (09/01).
A área tomada pelos apoiadores fica na Avenida Presidente Vargas - a mais movimentada do Centro — e a algumas partes da Central do Brasil, terminal dos trens de passageiros do Grande Rio e do comércio popular da Saara.
"Estamos falando com o Comando Militar do Leste desde ontem . Há uma recomendação do Ministério Público Federal neste sentido também. Mas aqui no Rio é diferente, pois eles não estão em uma via pública, mas em um espaço dentro do CML. Então estamos conversando para que a decisão seja cumprida", disse Castro ao Bom dia Rio.
Eduardo Paes
Já o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), anunciou que a prefeitura irá promover até a noite desta segunda-feira, (09/01), "a retirada de todos os objetos e barracas que ocupam o espaço público tomado por manifestantes que atentam contra a democracia na Praça Duque de Caxias".
MPF
O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro requisitou ao Comando Militar do Leste a imediata dissolução do acampamento dos extremistas bolsonaristas instalados em frente à sede do órgão, no Centro do Rio.
De acordo com o ofício, o comandante militar do Leste, general André Luis Novaes de Miranda, deve adotar "providências urgentes para desmantelar e desocupar acampamento instalado na frente das instalações do Palácio Duque de Caxias".
O MPF afirma que há apreensão de que novas mobilizações golpistas ocorrerão, não só em Brasília, mas em todo o país.
STF
O fim dos acampamentos golpistas em todo o país também foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo dos atos antidemocráticos no Supremo Tribunal Federal (STF). Na peça, Moraes determinou "a desocupação e dissolução total, em 24 horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos Quartéis Generais e outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos e prisão em flagrante de seus participantes".