Defesa quer mais prazo para explicar recados de Odebrecht

Moro pediu aos advogados do presidente da empreiteira investigada pela Lava Jato que esclareçam mensagens cifradas do executivo interceptadas pela PF

22 jul 2015 - 18h51
Marcelo Odebrecht, presidente da empreiteira Odebrecht
Marcelo Odebrecht, presidente da empreiteira Odebrecht
Foto: Cassiano Rosário / Futura Press

Os advogados do presidente da Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, pediram hoje ao juiz federal Sérgio Moro novo prazo para explicar o sentido das mensagens cifradas do executivo interceptadas pela Polícia Federal.

O prazo para a entrega da manifestação termina amanhã (23), mas os defensores informaram que não poderão cumpri-lo, porque não se encontraram com Marcelo, preso na Polícia Federal em Curitiba. A visita deve ocorrer nesta quinta-feira, dia autorizado pelos delegados.

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“O prazo assinalado, a toda evidência, não pode ser cumprido, na medida em que os esclarecimentos a serem prestados versam sobre anotações que estariam armazenadas em telefone do peticionário, e das quais a defesa jamais teve conhecimento – razão pela qual, por óbvio, delas não pode tratar sem no mínimo antes conversar com Marcelo”, explicou a defesa.

No despacho, Moro pediu aos advogados para explicarem o conteúdo das anotações, antes de ele extrair possíveis “consequências jurídicas” da interpretação dos escritos. Segundo os delegados da Polícia Federal, Marcelo tentou atrapalhar as investigações.

Durante as investigações, a polícia interceptou as seguintes notas no celular do presidente: “MF/RA: não movimentar nada e reembolsaremos tudo e asseguraremos a família. Vamos segurar até o fim. Higienizar apetrechos MF e RA. Vazar doação campanha. Nova nota minha mídia? GA, FP, AM, MT, Lula? E Cunha?”.

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Agência Brasil
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