Aeronautas e aeroviários decidem nesta quarta-feira, em assembleia geral das categorias, se aceitam a proposta das empresas aéreas, continuam negociando ou entram em greve. Na segunda, sexta rodada de negociação, não houve acordo.
“As empresas aéreas se mantiveram radicais e oferecem apenas 0,16% de aumento real para os trabalhadores. Hoje é um dia muito importante para a categoria, pois poderá ser definida uma greve”, informou a porta-voz da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), Graziella Baggio.
As companhias aéreas Integrantes do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) e da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) propuseram reajuste salarial de 6,5%, ante uma inflação de 6,33%, apurada em 2014 pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
“É importante lembrar que o setor tem sido afetado por crises mundiais, com volatilidade da cotação do dólar em relação ao real e do preço do barril de petróleo, entre outros fatores alheios à operação aérea. Consequentemente, os resultados financeiros das companhias têm registrado forte impacto negativo”, destaca texto de nota divulgada pelas aéreas.
Segundo as empresas, cerca de 70% das cláusulas colocadas à mesa de negociação por aeronautas e aeroviários foram aceitas. Além do reajuste salarial de 6,5%, foi proposto um aumento de 7% no valor do vale-alimentação e um reajuste de 11% na apólice do seguro de vida.
A Fentac considerou a proposta “aquém do aceitável”. “Ganho real de 0,16% no salário não é uma proposta que deve ser levada a sério. Nas assembléias do dia 14, os trabalhadores darão resposta a altura”, completou o presidente da Fentac, Sergio Dias.