AM: autoridades reúnem-se em Humaitá para tentar superar conflito

12 jan 2014 - 16h39
(atualizado às 16h41)

O vice-governador do Amazonas, José Melo de Oliveira, representantes do Exército e das Força de Segurança - polícias Federal e Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança -, e dos municípios de Humaitá e Manicoré se reuniram neste domingo para discutir medidas objetivando superar o conflito entre os índios da etnia tenharim e moradores da região. Também estão presentes representantes da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Na reunião que ocorre no 54º Batalhão de Infantaria de Selva, em Humaitá, estão sendo traçadas as ações de atendimento emergencial aos índios, isolados nas aldeias desde o dia 25 de dezembro, quando moradores da cidade atearam fogo na unidade da Fundação Nacional do Índio (Funai), em protesto pelo desaparecimento de Luciano Freire, Aldeney Salvador e Stef Pinheiro.

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Segundo o Comandante Militar da Amazônia, general Vilas Bôas, o principal ponto do encontro é construir alternativas para que os índios não voltem a cobrar pedágio na BR-230, a Transamazônica, que corta a reserva. "Vamos estudar medidas de caráter emergencial e outras de médio e longo prazos com vistas a criar mecanismos, programas e projetos que proporcionem aos índios algum tipo de renda alternativa para eles não se apoiarem no pedágio." 

Os três moradores locais desaparecidos foram vistos pela última vez, no dia 16 de dezembro, quando passavam de carro no quilômetro 85 da Transamazônica, na reserva indígena Tenharim Marmelos. Moradores da cidade acusam os índios de terem sequestrado os homens em represália à morte do cacique Ivan Tenharim. A Polícia Federal está investigando o caso.

À tarde, haveria outra reunião na reserva, com os índios, para apresentar as ações tomadas para superar o impasse. De acordo com Vilas Bôas, amanhã, uma equipe interministerial estará na região para elaborar e desenvolver programas de assistência aos indígenas. Eles também dialogarão com representantes de fazendeiros e madeireiros para tentar restabelecer a convivência pacífica entre índios e não índios.

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Agência Brasil
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