Índios da Reserva Tenharim Marmelos receberam neste sábado 330 cestas básicas distribuídas por agentes da Fundação Nacional do Índio (Funai). Eles estão praticamente isolados nas aldeias desde o último dia 25, quando um grupo de pessoas ateou fogo na unidade da Funai localizada no município de Humaitá (AM), a 590 quilômetros de Manaus, revoltados com o desaparecimento de Luciano Freire, Aldeney Salvador e Stef Pinheiro.
Os três homens foram vistos pela última vez no dia 16 de dezembro, quando passavam de carro no km 85 da rodovia Transamazônica, que corta a reserva indígena. Moradores da cidade acusam os índios de terem sequestrado os homens em represália à morte do cacique Ivan Tenharim. A Polícia Federal está na região investigando o caso.
No dia 27 de dezembro, não índios queimaram casas de apoio e uma área de pedágio construídas pelos índios em uma aldeia. Desde então, além dos agentes da PF, homens da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Exército, da Força Nacional de Segurança e da Polícia Militar reforçam a segurança no local.
Na última quinta-feira, uma delegacia móvel da Polícia Federal chegou a Humaitá, no sul do Amazonas, para ajudar nas investigações sobre o desaparecimento dos três homens. O veículo foi deslocado para a Reseva Tenharim.
Amanhã, representantes do governo de Rondônia, do Exército e das forças de segurança que estão atuando no local devem ir até a reserva para avaliar a situação dos índios e os desdobramentos das investigações sobre o desaparecimento dos três homens e a destruição do patrimônio público.