Anistia lamenta veto ao 'fim da bala de borracha' em SP

Segundo organização não governamental, eles reuniram “casos de uso desproporcional da força pela polícia paulista durantes os protestos”

20 dez 2014 - 18h47
<p>Policial dispara tiros de bala de borracha contra manifestantes</p>
Policial dispara tiros de bala de borracha contra manifestantes
Foto: Bruno Santos / Terra

A Anistia Internacional divulgou neste sábado uma nota em que lamenta a decisão do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, de vetar o projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado (Alesp), no início do mês, que proibia o uso de bala de borracha pelos policiais civis e militares em protestos e manifestações.

Segundo organização não governamental, eles reuniram “casos de uso desproporcional da força pela polícia paulista durantes os protestos”.

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A Anistia cita o caso do fotógrafo Sergio Silva, que ficou cego de um olho, por ter sido atingido, enquanto cobria uma manifestação em 2013. O fotógrafo foi tema de campanha em que pedia indenização por danos morais e materiais com o ocorrido.

A ONG defende que o uso de armas menos letais deve ser regulamento e que todas as denúncias de abuso devem ser investigadas.

“São Paulo não possui nenhum protocolo público sobre o uso de armas menos letais e, desde junho de 2013, nenhum agente público foi responsabilizado pelos ferimentos e danos causados a jornalistas e manifestantes”, informa a nota.

Na decisão pelo veto, o governador disse que a polícia necessita de liberdade. “A polícia tem protocolos. Precisa ter liberdade dentro dos seus protocolos de trabalho, dentro da sua competência, para poder administrar a maneira como estabelece a ordem pública, protege os cidadãos.”

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O projeto de lei foi apresentado pela bancada do PT na Alesp e aprovado em 3 de dezembro.

O líder do partido na Casa, deputado estadual João Paulo Rillo (PT-SP), disse que o texto foi uma resposta “ao fato de jornalistas perderem a visão durante as manifestações de junho”.  "O direito à livre manifestação é um imperativo da lei", declarou.

Agência Brasil
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