O grupo hacker Anonymous afirmou ter atacado nesta sexta-feira o perfil no Twitter do jornal O Globo. A invasão ocorreu por volta das 14h. Em menos de 30 minutos o grupo havia publicado oito mensagens, convocando a população a participar dos protestos planejados para o 7 de Setembro e também criticando a publicação.
“Sorry (Desculpe)! Mais um perfil desses porcos invadido”, diz a primeira publicação após a invasão, assinada pelo Anonymous.
Esta é mais uma ação do grupo, que desde quarta-feira tem protestado contra a decisão da comissão especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas - formada pelo Ministério Público, polícias Militar e Civil, e Tribunal de Justiça -, que entrou com uma medida na Justiça Criminal que proíbe o uso de máscaras em protestos no Rio de Janeiro e também determina que manifestantes se identifiquem imediatamente aos policiais em meio a manifestações.
"Restrição de uso de máscaras em manifestações é inconstitucional e é bom que isso seja revogado logo", diz uma das mensagens publicadas no Twitter do jornal.
Por volta das 15h20, o jornal normalizou o perfil no Twitter. "Amigos, conta recuperada. Estamos de volta", disse O Globo na rede social.
Em seu site, o jornal afirmou que esta "não é a primeira vez que veículos da imprensa sofrem ataques de hackers". De acordo com a publicação, outros veículos, como os americanos New York Times e Washington Post, e o inglês The Times, também foram vítimas da ação de grupos como o Anonymous
Ataque ao MP-RJ
Em sua página no Facebook, o grupo afirma que segue o ataque à página do MP fluminense nesta sexta-feira. Às 15h, o site apresentava problemas.
Além de derrubar o site da promotoria, o grupo afirma também que deixou fora do ar o serviço de correio da página. "Pode pegar papel e caneta, pois de nada mais adianta esses computadores. E lembre-se nunca nunca desafie ninguém que o senhor não conheça", diz uma mensagem, publicada às 13h40, se referindo ao responsável pela manutenção do site.
Outros ataques
Na quarta-feira, o grupo deixou fora do ar por alguns instantes a página do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). Ontem, O grupo atacou as páginas da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), da Câmara de Vereadores da capital fluminense e do Departamento Estadual de Trânsito do Estado (Detran-RJ) e novamente do MP.