O número de brasileiros que apoia o restabelecimento das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba é menor que o de americanos que respaldam a recente aproximação entre esse países, segundo uma pesquisa do Pew Center divulgada nesta terça-feira (21).
Segundo esse centro de pesquisas, 67% dos brasileiros estão de acordo com a retomada das relações diplomáticas entre Cuba e EUA - um número inferior ao apoio registrado entre os próprios americanos, que foi de 73%.
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Na América Latina, o maior apoio foi registrado no Chile, com 79%, seguido de Argentina (78%) e Venezuela (77%). Abaixo inclusive do Brasil aparece o México, onde apenas 54% da população respalda o restabelecimento dos laços.
Após 54 anos de inimizade, Estados Unidos e Cuba restabeleceram na segunda-feira (20) suas relações diplomáticas e abriram embaixadas nas respectivas capitais, sete meses depois dos anúncios do presidente americano, Barack Obama, e de seu colega cubano, Raúl Castro, sobre o início de um processo de degelo.
Quanto à possibilidade de que o Congresso dos EUA suspenda o embargo econômico a Cuba, o maior respaldo foi registrado na Argentina (79%), seguida de Chile (77%), Venezuela (76%), Brasil (71%) e México (55%), com uma média de 76% nos cinco países - nos EUA a pesquisa registrou um respaldo de 72% da população nesse caso.
Além disso, uma média de 47% dos indagados em Brasil, Chile, Argentina, Venezuela, México e Peru acredita que Cuba se tornará "mais democrática" nos próximos anos.
Essa é uma ideia compartilhada por 57% dos venezuelanos, 54% dos chilenos, 47% dos argentinos, 46% dos brasileiros e 39% tanto dos peruanos como dos mexicanos.
Entre os consultados, expressaram uma opinião favorável de Cuba 49% dos chilenos, 42% dos venezuelanos, 41% dos peruanos, 38% dos argentinos, 30% dos brasileiros e 19% dos mexicanos.
Perguntados se confiam no presidente cubano, Raúl Castro, responderam de forma negativa 73% dos venezuelanos, 70% dos brasileiros, 62% dos mexicanos, 61% dos chilenos, e 53% tanto dos peruanos como dos argentinos.
A pesquisa do Pew Center foi realizada nos últimos meses de abril e maio sobre uma amostra de cerca de 1.000 adultos em cada um dos países, com margens de erro próximas a mais ou menos quatro pontos percentuais.