Após cinco dias, o indicado para assumir o Ministério da Educação, Carlos Decotelli, entregou sua carta de demissão para o presidente Jair Bolsonaro. A oficialização da saída ocorreu na edição desta quarta-feira (1º) do Diário Oficial da União.
Decotelli sequer chegou a tomar posse na função por conta das inúmeras polêmicas envolvendo seu currículo e, na última segunda-feira (29), reuniu-se com Bolsonaro para esclarecer as acusações que vinha sofrendo.
A primeira contestação contra o ministro ocorreu pelo próprio reitor da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, Franco Bartolacci, que afirmou que o indicado pelo presidente não tinha adquirido o título de doutor - apenas concluído os créditos do doutorado.
A isso, seguiram-se acusações de plágio na dissertação de mestrado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e uma informação de que ele não tinha pós-doutorado por uma universidade alemã. Em nota oficial, o Ministério da Educação e o novo indicado falaram sobre os casos e ressaltaram que os erros seriam retificados no currículo, bem como Decotelli faria uma ampla revisão de seu mestrado por eventuais cópias indevidas.
No entanto, a manutenção no cargo ficou insustentável.
Decotelli era o terceiro ministro da gestão de Bolsonaro. Antes dele, o polêmico Abraham Weintraub ficou por 14 meses e Ricardo Vélez ficou pouco mais de três meses.