Após tragédia em Suzano, Maia diz que monopólio da segurança pública é do Estado

13 mar 2019 - 18h29

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta quarta-feira que não se use a tragédia em Suzano como argumento para armar as pessoas, lembrando que a responsabilidade pela segurança pública é do Estado e não do cidadão comum.

Veículos funerários com corpos de vítimas deixam escola em Suzano
13/03/2019
REUTERS/Amanda Perobelli
Veículos funerários com corpos de vítimas deixam escola em Suzano 13/03/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

"Eu espero que alguns não comecem a dizer que se os professores estivessem armados teria resolvido o problema. Pelo amor de Deus, se alguém começar a falar isso...", disse o presidente da Câmara a jornalistas.

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"Espero que as pessoas pensem um pouquinho nas vítimas dessa tragédia e depois que compreendam que o monopólio da segurança pública é do Estado, não é responsabilidade do cidadão", afirmou Maia, ao prestar solidariedade às famílias e vítimas do massacre na cidade paulista.

Maia argumentou ainda que se o Estado não tem condições de dar segurança à sociedade, a responsabilidade é dos gestores públicos da área.

"Agora, já não basta o debate sobre posse; agora, o pedido não é mais posse, é discussão sobre porte em área urbana. Eu acho que aí nós passamos por uma proposta de barbárie no nosso Brasil que não deve avançar."

A flexibilização da posse e do porte de armas foi uma bandeira do presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral. Em janeiro, o presidente assinou decreto facilitando a posse. [nL1N1ZF1K1]

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Maia considerou o massacre em Suzano "uma tragédia triste para todos nós brasileiros" e prestou "solidariedade total às famílias, às vítimas e espero que a gente não veja episódios como esses novamente no nosso país".

Em nota mais cedo, o líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), lamentou a tragédia ocorrida em Suzano e afirmou que é necessário rever "urgentemente" a política de segurança pública.

"Bandido não tem idade, e essa tragédia apenas reafirma que precisamos reduzir a maioridade penal já! E não podemos deixar que os aproveitadores se utilizem da tragédia para falar que o desarmamento é solução, essas armas são ilegais e foram obtidas e usadas por adolescentes!!! A política desarmamentista fracassou! E quem perde são as famílias brasileiras", diz a nota.

Dois jovens de 17 e 25 anos mataram sete pessoas em uma escola em Suzano, na Grande São Paulo, e posteriormente se suicidaram ao se deparar com a polícia, informaram autoridades nesta quarta-feira, acrescentando que os assassinos eram ex-alunos da instituição e ainda mataram uma outra pessoas pouco antes.

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