A aprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro se manteve em 39% em outubro, apontou pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta quinta-feira, que também mostrou uma boa maioria dos entrevistados, 68%, a favor da manutenção do auxílio emergencial no começo de 2021, caso não seja possível implementar o programa de distribuição Renda Cidadã.
Segundo o levantamento, a avaliação da administração de Bolsonaro como "ótima" ou "boa" permaneceu nos mesmos 39%, registrados em setembro. Mas a parcela dos que a avaliam como "ruim" ou "péssima" passou de 36% para 31%, variação dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 3,2 pontos percentuais.
Os que avaliam o governo como regular passaram de 24%, em setembro, a 28% na rodada de outubro.
A pesquisa também questionou sobre o auxílio emergencial. A decisão do presidente de manter o auxílio até o fim de 2020, mas em valor menor, foi considerada "ótima" ou "boa" por 45% dos entrevistados (eram 47% em setembro), e "ruim" ou "péssima" por 28% deles (em setembro, eram 25%). Os que a consideram "regular" mantiveram o patamar de 24%.
Questionados se o governo deve estender o auxílio emergencial "por alguns meses" de 2021 caso não consiga aprovar no Congresso a criação do Renda Cidadã para que tenha validade no próximo ano, 68% responderam "sim", enquanto 27% responderam "não" e 4% não souberam ou não responderam.
COVID E ECONOMIA
A avaliação da atuação de Bolsonaro no combate à crise do coronavírus também passou por tendência semelhante à registrada sobre a administração em geral.
A avaliação negativa oscilou para baixo novamente, movimento percebido desde maio. Ela é vista como "ruim" ou "péssima" por 47% dos entrevistados, contra 49% em setembro. A avaliação positiva variou para cima de 28%, em setembro, para 30% em outubro.
Quando o assunto é economia, 47% avaliaram que ela está no "caminho errado". Em setembro, eram 48%. Para 39% ela está "no caminho certo", contra 38% no mês anterior. E 13% não souberam ou não responderam, mesmo número apontado na pesquisa passada.
A pesquisa de abrangência nacional entrevistou 1.000 pessoas por telefone entre os dias 8 e 11 de outubro. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.