Assessor de Mantega é exonerado após denúncias de corrupção

2 dez 2013 - 10h10
(atualizado às 10h13)

O Diário Oficial da União publicou, nesta sexta-feira, a exoneração de Humberto Barreto Alencar do cargo em comissão de chefe da Assessoria Técnica e Administrativa do gabinete do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele e outro funcionário, Marcelo Fiche, são investigado pela Polícia Federal suspeitos de receber propina em dinheiro vivo da empresa Partnersnet, contratada para prestar assessoria de imprensa ao ministério.

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Em nota oficial, emitida na última sexta-feira, Fiche informou que pediu ao ministro para sair do cargo assim que voltasse das férias para dedicar-se à sua defesa. O afastamento, segundo ele, contribuirá para a tranquilidade e a rapidez das investigações. O assessor ressaltou que a licitação para a escolha da empresa ocorreu dentro da legalidade e gerou economia aos cofres públicos por causa do método do pregão eletrônico, que oferece menor preço, em vez dos critérios que misturam técnica e preço.

Há duas semanas, a revista Época publicou que Fiche e Alencar teriam recebido R$ 60 mil em dinheiro vivo da Partnersnet. Na véspera da publicação da reportagem, Mantega enviou ofício ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pedindo a investigação, pela Polícia Federal, do contrato entre a empresa e o Ministério da Fazenda.

De acordo com a revista, uma ex-funcionária da Partnersnet denunciou o superfaturamento do contrato entre a empresa de assessoria de imprensa e o ministério. Responsável pela fiscalização do contrato, Alencar, segundo a publicação, assinava prestações de contas com funcionários fantasmas e excesso de horas trabalhadas para justificar o valor a mais pago pelo ministério. Segundo a ex-funcionária, Alencar e Fiche recebiam parte da diferença.

Agência Brasil
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