Astrofotografia: como são tiradas algumas das imagens mais deslumbrantes do Sistema Solar

8 dez 2016 - 13h09
(atualizado às 13h35)
O Observatório de Dinâmica Solar da Nasa faz imagens como esta - com luz ultravioleta - em que a nossa estrela mais próxima parece uma joia.
O Observatório de Dinâmica Solar da Nasa faz imagens como esta - com luz ultravioleta - em que a nossa estrela mais próxima parece uma joia.
Foto: NASA

A astrofotografia é um tipo especializado de fotografia que registra imagens de corpos celestes e grandes áreas do céu noturno. Nos últimos anos, os avanços nessa área foram imensos e agora não são apenas os cientistas que podem fazer imagens incríveis de nebulosas a milhares de anos-luz de distância: amadores também se aventuram, mesmo com equipamento não muito sofisticado.

Imagens como esta já não surpreendem tanto, mas até o lançamento das missões Apollo, não tinha sido possível ver a Terra inteira do espaço. Acima, a Europa iluminada à noite, em foto feita da Estação Espacial Internacional, em janeiro de 2016.
Foto: NASA

Ultimamente, as imagens que mais têm surpreendido vêm da vizinhança do nosso planeta, da extraordinária esquina do Universo em que estamos.

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Desde as montanhas geladas na fronteira do Sistema Solar, às erupções solares maiores do que a Terra, para onde quer que olhemos, há uma surpresa.

Uma foto escura, em que não se vê nada? Olhe novamente com atenção. O minúsculo pontinho claro é a Terra, a seis bilhões de quilômetros, onde estava a sonda Voyager em 1990. A faixa mais clara sobre o fundo escuro é um raio de luz dispersada.
Foto: NASA

A primeira fotografia de um corpo celeste (a Lua) foi tirada em 1840, mas somente no final do século 19 a tecnologia permitiu a fotografia estelar detalhada.

As auroras de Saturno são parecidas com as terrestres e se elevam a mais de 1,6 milhão de quilômetros acima das nuvens dos pólos do planeta. Partículas carregadas se concentram nos pólos e produzem cor ao interagir com a atmosfera.
Foto: NASA

Além de gravar os detalhes de corpos extensos, como a Lua, o Sol e os planetas, a astrofotografia tem a capacidade de mostrar objetos invisíveis ao olho humano, como nebulosas e galáxias.

Em 2016, o telescópio Hubble registrou água jorrando na superfície de Encélado, a lua de Saturno. Os cientistas dizem que existe um extenso oceano sob a superfície de Encélado, considerado um dos locais mais promissores para a existência de vida fora do Sistema Solar.
Foto: NASA

A astrofotografia teve um papel importante no início dos estudos do céu e da classificação das estrelas mas, com o tempo, deu lugar a equipamentos mais sofisticados e técnicas especialmente concebidas para a investigação científica.

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Atualmente, a astrofotografia é parte da astronomia amadora, e normalmente é utilizada para gravar imagens que não têm como finalidade única a pesquisa científica.

A tecnologia das câmeras e a nossa capacidade de instalá-las em novos locais são fundamentais para conseguir imagens tão incríveis.

Em 1968, os astronautas da Apollo 8 fizeram a primeira foto do nosso planeta visto da Lua. O registro foi batizado de Nascer da Terra
Foto: NASA

Mais alto

Ver a Terra como um frágil globo azul e branco flutuando no espaço já não surpreende.

Mas foi só depois do lançamento das missões Apollo, nos anos 1960, que a humanidade viu uma foto completa do seu planeta.

Foram os astronautas da Apollo 8 que fizeram o flagrante acima, batizado de o "Nascer da Terra", feito enquanto orbitavam a Lua.

A sonda New Horizons mandou este ano informações que mostraram que Plutão é mais do que um mundo frio e escuro.
Foto: NASA

Mais longe

Costumávamos pensar que Plutão era um mundo frio, escuro e enfadonho. Mas em 2016, a sonda New Horizons mostrou que estávamos errados.

Esta sonda e outras parecidas permitiram que víssemos, pela primeira vez, os locais mais distantes do Sistema Solar.

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E o que vimos nos deixou sem fôlego.

A New Horizons mostrou que Plutão é um mundo fascinante de montanhas e vales gelados, e que sua atmosfera é azul como a da Terra.

O telescópio Hubble fez esta imagem, batizada de HDF, que pela primeira vez mostrou que o espaço profundo é rico em galáxias e nebulosas, que estão a uma distância de dezenas a milhões de anos-luz.
Foto: NASA

Mais claro

Possivelmente mais do que qualquer telescópio da história recente, o Hubble transformou a compreensão do nosso lugar no Universo.

Com ele, os astrônomos capturaram o Hubble Deep Field (HDF, na sigla em inglês) ou Campo Profundo do Hubble.

A imagem icônica acima revelou que o espaço profundo está repleto de galáxias.

O Hubble também captou imagens dentro dos confins do nosso Sistema Solar.

O veículo Curiosity tem revelado detalhes nunca vistos antes da superfície de Marte.
Foto: NASA

Mais inteligente

O Curiosity fez registros de rochas marcianas com formatos intrigantes, que os cientistas atribuem a erosão.
Foto: NASA

O veículo Curiosity da Nasa revelou a superfície de Marte como nunca se vira antes.

Graças a isso, os cientistas puderam avaliar a chance de haver água na forma líquida - e até vida - na superfície marciana.

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Mas o Curiosity não mandou apenas fotografias impressionantes da geografia do Planeta Vermelho.

A imagem acima mostra o solo marciano. Este registro permite que os cientistas estudem a composição do planeta.

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