O homem que morreu após três explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, carregava um relógio com contagem regressiva preso ao corpo, segundo informações da TV Globo. Ele foi identificado como Francisco Wanderley Luiz e seria o proprietário do veículo que explodiu no Anexo IV da Câmara dos Deputados. No porta-malas do automóvel, foram encontrados fogos de artifício e tijolos.
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Além disso, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) encontrou dois artefatos explosivos presos ao cinto do homem, um explosivo próximo ao corpo e um extintor de incêndio adaptado para detonação na mesma área.
Antes do ataque, Francisco esteve no Supremo Tribunal Federal (STF) e registrou o momento em suas redes sociais. Em uma foto no plenário do STF, ele fez críticas à instituição: "Deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro). Ou não sabem o tamanho das presas ou é burrice mesmo". A data exata das imagens ainda não foi confirmada.
As explosões ocorreram na noite desta quarta-feira, 13, e, até a manhã desta quinta-feira, 14, o corpo ainda permanecia no local, de acordo com a TV Globo.
O carro explodiu por volta das 19h30. Cerca de 20 segundos depois, mais duas explosões foram registradas próximas ao STF.
Segundo a polícia, Francisco teria alugado uma casa em Ceilândia (DF) há poucos dias. O boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado na 5ª DP, onde foi constatado que ele frequentemente publicava conteúdos políticos em suas redes sociais.
Um vigilante do STF relatou à Polícia Civil do Distrito Federal que presenciou o momento em que Francisco detonou explosivos na Praça dos Três Poderes. Conforme o depoimento, ele carregava uma mochila com artefatos e, ao ser abordado pela segurança, exibiu um dispositivo semelhante a um relógio digital, que o vigilante acreditou ser uma bomba. Em seguida, Francisco ativou o artefato, deitou-se no chão usando um travesseiro e aguardou a explosão.
Segundo o Boletim de Ocorrência, Francisco posicionou a mochila no chão, retirou um extintor, uma blusa e outros objetos suspeitos, alertando os seguranças do STF para que não se aproximassem.
O incidente gerou grande preocupação, levando ao reforço das medidas de segurança na área. Após o ocorrido, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) realizou uma varredura no entorno do Palácio do Planalto para averiguar a existência de outros explosivos.
O presidente do STF, ministro Luis Roberto Barroso, contatou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e outras autoridades para discutir a situação. Lula, no entanto, não se encontrava no Palácio da Alvorada, que fica a cerca de quatro quilômetros do local das explosões, no momento do incidente.