O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira durante visita à China que isentará da obrigação de visto para entrada no Brasil chineses e indianos que queiram fazer turismo e negócios no país. Ao lado do presidente, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que "não necessariamente" a isenção aos chineses terá a reciprocidade do governo de Pequim.
"Anunciamos há pouco que vamos, o mais rápido possível, seguindo a legislação, isentar o turista chinês de visto para entrar no Brasil", disse Bolsonaro aos jornalistas. "Pretendemos também fazer a mesma coisa com a Índia", acrescentou.
Araújo disse que os passos para a isenção do visto estão sendo analisadas e afirmou que não há garantia de reciprocidade.
"Não necessariamente (haverá reciprocidade). A questão é atrair o turista chinês. Vamos ver quais as maneiras de fazer isso, os passos até lá", disse o chanceler.
A ideia, de acordo com o presidente e o ministro, é adotar o mesmo modelo da isenção de visto feito para norte-americanos, canadenses, japoneses e australianos mais cedo neste ano. Nesses casos, a decisão brasileira foi unilateral e não teve a reciprocidade dos governos desses países.
O presidente também foi indagado sobre o anúncio feito na véspera pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de que o Brasil pediu à Organização dos Estados Americanos (OEA) para que a Venezuela se manifeste sobre o petróleo que tem chegado às praias da Região Nordeste que, de acordo com o governo brasileiro, é de origem venezuelana. Ele disse que ainda não teve resposta da OEA.
"Não (teve) ainda (resposta). A Câmara acabou de instalar uma CPI. Eu estou muito feliz. Quem sabe eles descobrem a origem, no meu entender, criminosa desse vazamento", comentou o presidente.