O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que é preciso enfrentar a pandemia do novo coronavírus de "peito aberto" e que o Brasil tem de deixar de ser "um país de maricas", numa referência pejorativa ao receio com a covid-19, que já matou mais de 162 mil e infectou 5,67 milhões de pessoas.
"Tudo agora é pandemia. Lamento os mortos, lamento. Todos nós vamos morrer um dia, aqui todo mundo vai morrer um dia... Não adianta fugir disso, da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas, pô", disse o presidente, em cerimônia no Palácio do Planalto, para acrescentar em seguida: "Olha que prato cheio para a imprensa, prato cheio para a urubuzada que está ali atrás."
Em evento de lançamento da retomada do Turismo, Bolsonaro disse que a pandemia foi "superdimensionada" e criticou quem começou a amedrontar o povo com a possibilidade de uma segunda onda da doença.
O presidente pediu ajuda para arrumar o Brasil e destacou que o auxílio emergencial --ajuda paga durante a pandemia-- acaba em dezembro. "Como ficam os 40 milhões que perderam tudo?", questionou.