O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar nesta quinta-feira as medidas de restrição de circulação impostas por governadores e prefeitos para conter a disseminação da covid-19 e disse que "caos e pânico" estão sendo criados por aqueles que querem retomar o poder.
"Sabemos que não há muito o que comemorar, mas é preciso restabelecer a verdade do que foi e está sendo feito na prática, para que o pânico e o caos promovido pelos que desejam retomar o poder e suas práticas nefastas não triunfem", escreveu Bolsonaro no Twitter, ao comemorar a criação de empregos este ano no país, apesar da pandemia.
O presidente voltou a repetir um mantra da equipe econômica, de que o Brasil foi um dos países que teve menor queda da atividade econômica em 2020. Apesar de ter encolhido apenas 4,4%, quando as projeções apontavam para uma queda do Produto Interno Bruto de até 10%, foi o pior número desde a década de 1990 e veio na sequência de crescimentos pífios por três anos.
"Sempre existiram dois desafios: o vírus e a economia. E apesar da mídia e da esquerda terem negado esse e outros fatos, adotando um discurso pseudocientífico para disfarçar a demagógica politização do vírus, nós priorizamos ambas as questões. Afinal, não há saúde na miséria", escreveu Bolsonaro.
O presidente voltou a dizer que o Brasil é um dos países que mais vacina no mundo e deve chegar em breve a 100 milhões de doses distribuídas. Bolsonaro usa o número bruto de vacinas, o que colocaria o país em terceiro no ranking de vacinação.
No entanto, na proporção de população vacinada, o país cai para 12º quando se leva em conta a proporção de pessoas que receberam ao menos um dose de vacina, com 20,09% da população, de acordo com o site Our World in Data.