Bolsonaro critica "silêncio de ONGs" sobre manchas de óleo; Greenpeace protesta no Planalto

23 out 2019 - 12h52
(atualizado às 12h54)

O presidente Jair Bolsonaro usou sua conta no Twitter para levantar suspeitas sobre o comportamento de organizações não governamentais e partidos de esquerda a respeito do óleo encontrado em praias do Nordeste, dizendo que o apoio desses grupos ao governo da Venezuela fortalece a tese de um derramamento criminoso.

Manifestants do Greenpeace protestam contra políticas ambientais do governo em frente ao Palácio do Planalto
23/10/2019
REUTERS/Adriano Machado
Manifestants do Greenpeace protestam contra políticas ambientais do governo em frente ao Palácio do Planalto 23/10/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"No mínimo estranho o silêncio de ONGs e esquerda brasileira sobre o óleo nas praias do Nordeste. O apoio desses partidos ao ditador (Nicolás) Maduro fortalece a tese de um derramamento criminoso", escreveu o presidente na rede social na noite de terça-feira.

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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) confirmou na semana passada que o óleo encontrado nas praias brasileiras desde o início de setembro é venezuelano, mas ressaltou que isso não significa necessariamente que a Venezuela seja a responsável pelo derramamento.

Nas últimas semanas, o governo tem acusado ONGs ambientais de não estarem ajudando na limpeza das praias no Nordeste, mas um levantamento da agência de checagem de notícias Lupa mostrou que pelo menos quatro ONGs estão trabalhando com voluntários na limpeza das praias.

Ao mesmo tempo, ONGs internacionais têm cobrado ações do governo federal. Nesta quarta-feira, o Greenpeace organizou um protesto na frente do Palácio do Planalto, em que manifestantes jogaram um líquido escuro simulando o óleo encontrado nas praias nordestinas na Praça dos Três Poderes.

De acordo com a ONG, os ativistas que fizeram o protesto acabaram sendo detidos pela segurança do Planalto e levados para uma delegacia.

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