Bolsonaro quer Paulo Guedes na Fazenda em eventual governo

27 nov 2017 - 14h19
(atualizado às 14h33)

O deputado federal e pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que está em negociação com o economista Paulo Guedes para o cargo de ministro da Fazenda em um possível governo. 

"Comecei a sondar o mercado sobre quem eu poderia convidar e, uma vez sendo convidado, aceitaria o convite... essa pessoa eu procurei, tivemos duas conversas, no total de oito horas", disse Bolsonaro em um evento da revista Veja, em São Paulo.

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"Se houve um segundo encontro é porque houve uma certa empatia entre nós. E essa pessoa é o economista dr. Paulo Guedes", revelou o deputado.

Foto: Reuters

"É um namoro mas não é casamento... é uma pessoa que a gente espera continuar namorando", acrescentou.

Segundo Bolsonaro, entre os temas discutidos pelos dois estavam a diminuição da dívida pública, o aumento da arrecadação e a redução de impostos. 

Ao mesmo tempo, o pré-candidato se manifestou contrário a alguns pontos da reforma da Previdência e criticou uma eventual equiparação dos militares com os demais trabalhadores.

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"Nós, militares, somos chamados nos momentos mais difíceis. (...) Se querem nos botar na Previdência com os outros, nos deem os mesmos direitos." 

Para o deputado, "daqui para frente pode ter uma nova Previdência", mantendo a situação dos contribuintes atuais.

Já em relação a um possível ministério em um eventual governo seu, Bolsonaro defendeu a composição de um gabinete que privilegie técnicos, em vez de alianças políticas.

"Ministérios têm que funcionar, têm que ter gente técnica. Essa forma da cooptação... não pode continuar no Brasil."

Bolsonaro, que está no PSC mas já firmou um compromisso de se filiar ao Patriota, antigo PEN, também fez muitas críticas ao Supremo Tribunal Federal e ao próprio Parlamento.

"Se Kim Jong Un jogasse uma bomba no Parlamento alguém aqui ia chorar?", questionou a plateia do evento.

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O deputado manteve o tom polêmico em relação a assuntos como a segurança pública, defendendo que os policiais não sejam investigados ou punidos em situações de auto de resistência.

"Policial que não mata não é policial", disse.

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