Bolsonaro torce contra Kirchner: "vai virar Venezuela"

Presidente brasileiro afirmou que Argentina pode virar Venezuela

3 mai 2019 - 10h53
(atualizado às 14h02)
Presidente Jair Bolsonaro recebe presidente argentino, Mauricio Macri, em Brasília, em janeiro
Presidente Jair Bolsonaro recebe presidente argentino, Mauricio Macri, em Brasília, em janeiro
Foto: Reuters

O presidente Jair Bolsonaro disse que "pede a Deus" que a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner não vença as eleições de outubro e volte ao poder.

O político do PSL, apesar de dizer que não se envolve em questões de países vizinhos, afirmou que um retorno de Cristina Kirchner ao governo poderia transformar a Argentina em outra Venezuela.

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A declaração de Bolsonaro, que tem sido recebida como polêmica, foi dada em um transmissão ao vivo pelas redes sociais. "A questão da Argentina... ninguém vai se envolver em questões fora do país, mas eu, como cidadão, todos como cidadãos, temos a preocupação de que volte o governo anterior ao [de Mauricio] Macri. A presidente era ligada com Dilma, com Lula, com a Venezuela de Maduro e Chávez, com Cuba. Se isso voltar, a Argentina vai entrar em uma situação semelhante à da Venezuela ", disse Bolsonaro.

"Se o Macri não está indo bem, paciência até. Ele vai lutar para melhorar ou alguém da linha dele. Agora, o que não pode é voltar a Cristina Kirchner. No meu entender, serão reflexos para o povo argentino e para todos. Poderemos, sim, com a possível volta da Cristina Kirchner, peço a Deus que não aconteça, nossa querida Argentina se transformar na Venezuela. Não queremos isso", comentou.

Bolsonaro diz que torce para que Cristina Kirchner não seja eleita na Argentina
Foto: ANSA / Ansa

Cristina Kirchner, que governou a Argentina entre 2007 e 2015, enfrenta um julgamento que a acusa de desvio e lavagem de dinheiro público através de hotéis na Patagônia que pertencem a sua família.

Apesar do processo, ela pretende concorrer às eleições e aparece já nas pesquisas de intenção de voto. Isso porque o atual presidente, Mauricio Macri, enfrenta uma grave crise econômica que está comprometendo sua popularidade.

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