Bolsonaro é alvo de operação da PF e tem celular apreendido

Cartão de vacinação do ex-presidente teria sido falsificado

3 mai 2023 - 10h17
(atualizado em 4/5/2023 às 14h17)

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo nesta quarta-feira (3) de uma operação da Polícia Federal que apura supostas fraudes em cartões de vacinação contra a Covid-19.

Ao todo, a PF cumpriu seis mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão em Brasília e no Rio de Janeiro.

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Entre os detidos estão o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha, e Max Guilherme e Sérgio Cordeiro, que atuavam na segurança do ex-presidente.

Bolsonaro, por sua vez, foi alvo de um mandado de busca e apreensão em sua casa em Brasília e teve o celular apreendido.

O inquérito mira uma associação criminosa que teria inserido dados falsos de vacinação nos sistemas do Ministério da Saúde entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, beneficiando pessoas que precisavam de certificados de imunização para entrar nos Estados Unidos.

A PF alega que o grupo queria "manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas" e "sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19".

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A suspeita é de que o próprio cartão de vacinação de Bolsonaro teria sido forjado para simular a imunização contra o novo coronavírus, assim como o de sua filha, a adolescente Laura Bolsonaro.

O ex-presidente, no entanto, garantiu que não foi vacinado contra a Covid e que não adulterou o certificado. "Não existe adulteração da minha parte, não existe. Eu não tomei a vacina, ponto final", disse.

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