O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) firmaram um pacto para evitar a dispersão de candidaturas da direita no Estado nas eleições municipais em 2024. O acordo foi encaminhado em um encontro realizado no Palácio dos Bandeirantes na noite de terça-feira, 25.
Bolsonaro e Tarcísio preveem uma dobradinha nos palanques de candidatos de oposição ao PT e querem evitar que seus partidos, o PL e o Republicanos, tenham candidatos concorrentes nas mesmas cidades.
O principal foco de atenção é a capital paulista, onde a ala mais radical do PL apresenta resistência ao atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). Nunes, Bolsonaro e Tarcísio se encontraram nesta quarta-feira, 26, com empresários na capital.
O movimento de aproximação entre Bolsonaro e Tarcísio ocorre após a polêmica em torno da aprovação da reforma tributária na Câmara. O ex-presidente era contra, e o governador, a favor. A postura de Tarcísio fez com que ele fosse chamada de 'traidor' por bolsonaristas.
Nos bastidores, o apoio de Tarcísio à reeleição de Nunes (MDB), já é dado como certo, mas a ala do PL mais identificada com Bolsonaro é contrária à aliança por entender que o emedebista não representa pautas da direita.
O partido é parte da base que apoia o prefeito e controla a Secretaria de Meio Ambiente, comandada por Eduardo de Castro, além das subprefeituras do Butantan e do Campo Limpo.
Presidente do PL, Valdemar Costa Neto, é favorável à reeleição de Nunes e tenta viabilizar uma aliança entre o prefeito e Bolsonaro. O partido é parte da base que apoia o prefeito e controla a Secretaria de Meio Ambiente, comandada por Eduardo de Castro, além das subprefeituras do Butantan e do Campo Limpo.
O presidente do Instituto de Terras de São Paulo (ITESP), Guilherme Piai, participou da reunião entre Bolsonaro e Tarcísio. Ele deve disputar a Prefeitura de Presidente Prudente em 2024 pelo Republicanos, mas busca o apoio de do ex-presidente e do PL.