O presidente Jair Bolsonaro exaltou nesta terça-feira (11) seu homólogo americano, Donald Trump, um dia depois dos Estados Unidos anunciarem a retirada do Brasil da lista de países considerados em desenvolvimento. Com a decisão, o Brasil perde a posição de emergente, o que dava determinados privilégios comerciais.
Na prática, a medida é uma forma de facilitar a investigação em caso de exportações subsidiadas. Além do país sul-americano, Trump excluiu China, Índia, África do Sul e mais de 20 nações da lista, segundo anúncio do representante do Comércio dos EUA, Robert Lighthizer.
O principal objetivo dos EUA, segundo nota, é reduzir o número de países em desenvolvimento que poderiam receber tratamento especial sem serem afetados por barreiras contra seus produtos.
Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada hoje, Bolsonaro não comentou a decisão anunciada pelo mandatário dos EUA, mas o exaltou. "O cara [Trump] diminuiu o desemprego, melhorou a economia, atendeu os latinos que já estão lá? Será que notícia boa a imprensa não vende? Será que é isso?", ressaltou.
Ontem (10), o governo dos EUA afirmou, em comunicado, que a decisão leva em conta "fatores econômicos, comerciais e outros, como o nível de desenvolvimento de um país e a participação de um país no comércio mundial."
Além disso, o departamento de Comércio ressaltou que a medida foi motivada por pedidos de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).