Durante a noite desta quinta-feira (12), o presidente da República, Jair Bolsonaro, fez uma live usando uma máscara ao lado do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e pediu que as manifestações marcadas para o próximo domingo (15) fossem canceladas para evitar o risco de disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
Segundo Bolsonaro, o uso da máscara se fez necessário por conta do fato de que o secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, ter dado positivo para a doença e ele estar aguardando o resultado de seus exames. "Estou de máscara porque uma das pessoas que veio no meu voo desceu em São Paulo, fez exames e deu positivo. Não tem o resultado do meu ainda. Estão dizendo que deu negativo. Tomara que esta fake news seja verdade", disse.
Wajngarten integrou a comitiva do governo que foi para os Estados Unidos e se reuniu com o presidente daquele país, Donald Trump. No momento, ele está em isolamento em sua casa em São Paulo.
Ainda de acordo com Bolsonaro, "uma das pessoas que veio no avião conosco já deu negativo". "Espero que todo mundo deu negativo também e que o positivo fique só com o Fábio, que está lá em São Paulo de quarentena em casa. E está bem", disse ainda.
Durante a transmissão, o mandatário ainda pediu que a manifestação da direita brasileira marcada para o próximo domingo (15) seja cancelada. "Depois de um mês, dois meses, faz", disse sobre o movimento, voltando a negar que tenha participação na divulgação e organização. Ainda para o presidente, só a movimentação "já deu um tremendo recado para o Parlamento".
Após a live, os movimentos Nas Ruas e São Paulo Conservador anunciaram a suspensão do ato por esse ser um momento "de união e responsabilidade".